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Zhang Qingli afirmou ainda que o Dalai Lama é "um lobo vestido de cordeiro, um monstro com face humana e coração de animal selvagem".
A versão oficial do Governo chinês diz que 105 responsáveis pelos distúrbios no Tibete se entregaram à Polícia em Lhasa, capital do território, acrescentando que morreram "13 civis inocentes". Fontes ligadas ao Governo tibetano no exílio, liderado pelo Dalai Lama, garantem que há centenas de detidos e "muito mais do que 100 mortos".
Com a causa tibetana a perder fôlego nos areópagos internacionais (ONU, EUA e União Europeia), Pequim reafirma a integridade territorial chinesa e apelida os manifestantes tibetanos de meros desordeiros. Embora garanta que a situação no Tibete está normalizada e sob controlo, a China continua a impedir que observadores externos, nomeadamente jornalistas, se desloquem à região para ver o que se passa.
O Governo tibetano procura desmontar a versão de normalidade mas, na maioria dos casos, encontra pela frente a muralha da China que, seja por ser membro do Conselho de Segurança da ONU ou ter boas relações comerciais com os EUA e a UE, bloqueia todo o género de apoios que os tibetanos contavam ter.
A partir da cidade de Dharamsala, na Índia, o Dalai Lama explica que as prisões arbitrárias continuam, bem como as mortes dos principais opositores. Está, contudo, cada vez mais isolado e o eco das suas críticas é cada vez menos escutado no Ocidente.
Numa tentativa de não deixar esquecer o que se passa no Tibete, o Dalai Lama apelou ontem aos líderes mundiais para serem interlocutores na sua proposta de diálogo com a China.
"Continuamos comprometidos com um processo de diálogo para encontrar uma solução mutuamente satisfatória para o Tibete", afirma o Dalai Lama, acrescentando que "é necessário o apoio da comunidade internacional para que, com base no diálogo, se encontre uma boa solução".
A França chegou a "alinhar" na proposta de boicote dos Jogos Olímpicos mas, ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, afirmou que "embora a ideia seja interessante, está fora da realidade".
"Há outras boas ideias, no entanto é preciso distinguir entre o que é bom e o que é possível de ser realizado nesta altura dos acontecimentos", afirmou Bernard Kouchner.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
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