quarta-feira, março 05, 2008

Huambo vai ter uma Casa da Cultura

O Governo da província do Huambo perspectiva, para este ano, a edificação, de raiz, de uma infra-estrutura para albergar a Casa da Cultura, tendo em atenção o desenvolvimento e valorização dos agentes culturais desta parcela do país.

A ideia foi anunciada à Angop pelo director provincial da Cultura, Pedro Tcissanga, que diz tratar-se de uma infra-estrutura que vai acolher, entre outras, uma sala de espectáculos, biblioteca e outros espaços de lazer e diversão para a juventude e criadores locais.

“É uma mais valia para os artistas, em particular, e para a juventude, em geral, que vão ter à disposição diversos espaços para a execução das suas actividades culturais. O governo pretende, com este projecto, procurar valorizar mais o trabalho dos criadores locais, dando-lhes condições para que possam executar as suas tarefas sem muitas dificuldades”, disse Pedro Tcissanga .

A construção desta infra-estrutura, segundo adiantou a fonte, tem muito a ver com a pretensão de se resolver, em parte, a questão da falta de salas adequadas para a realização de espectáculos musicais, teatro e de outras modalidades de sala, que de um tempo a esta parte debatem-se com problemas de falta de espaços.

Avaliado em três milhões e 500 mil dólares, o projecto a ser executado por uma construtora chinesa poderá ficar concluído em Setembro do ano em curso caso as obras comecem dentro do tempo previsto, ou seja este mês.

A fonte avançou que, nesta altura, foi já realizado o estudo de viabilização, esperando apenas que se resolvam as questões burocráticas para que o projecto avança sem mais delongas e para o bem da cultura do Huambo.

É uma boa notícia. A cultura está ser valorizada na minha cidade. Noutros tempos também o foi. Mas esses já lá vão. Alguém se recorda, por exemplo, do Artoliterama – Grupo Juvenil de Artes e Letras do Huambo, nascido no liceu (foto) da cidade?

Se calhar não. Esses jovens dos idos de 1975 são hoje uns kotas rezingões espalhados pelos desertos da saudade e que sobrevivem à custa dos oásis da memória.

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