Portugal, a começar pelo Governo (o exemplo, creio, deve sempre partir de cima), deve apostar tudo (mesmo que seja pouco o que ainda tem) no primado da competência. Essa coisa das promoções automáticas cheira-me mais a tachos...
Tenho, contudo, dúvidas que essa aposta vingue. E tenho porque, para ter efeitos, o exemplo deveria mesmo começar por cima, ou seja, pelos órgãos de Poder. E isso, convenhamos, nunca acontecerá. Aí, desde sempre, funciona a subserviência e não a competência. Aí funcionam as ideias de Poder e não o poder das ideias.
Também não seria mau que o exemplo fosse dado pelas empresas onde o estado tem poder, directa ou indirectamente. Mas não é, nem vai ser, assim. Nessas empresas, dir-me-ão, não é a antiguidade que conta. Têm razão. Não é. Em vez da antiguidade conta, e entre as duas venha o diabo e escolha, a subserviência.
Portugal continua a confundir a obra prima do Mestre com a prima do mestre de obras. Promove, ou permite que se promova, todos aqueles que estão sempre de acordo, todos aqueles que para contar até 12 têm de se descalçar. Quanto à competência, esse é um critério selectivo que só está em primeiro lugar quando é preciso despedir.
Os incompetentes proliferam por todos os lados. Mesmo que descobertos nas mais vis latrinas das cunhas e das filiações partidárias, são guindados para o topo das hierarquias de modo a que, com toda a lata, demitam ou ajudem a demitir os que sabem mais, os que fazem melhor, os competentes.
É assim em quase toda a nossa sociedade. Fundações, empresas públicas, semi-públicas, institutos, etc. estão cheios de gentalha capaz de tudo para cumprir o que o chefe manda, capaz de tudo para manter o tachito. E é desses que (quase todos) os patrões (também eles "competente$") gostam. Esses até são capazes de dar o ... e dois tostões para que não lhes tirem o nome da hierarquia da empresa.
Mas, convenhamos, não é com esses que Portugal sai da cepa torta. Falta é saber se o país quer dela sair. Se não quer, então está no caminho certo e deve acrescentar, logo à cabeça, que só terão lugar no mundo do trabalho todos aqueles que comprovadamente não tenham coluna vertebral.
Que a economia entrou em derrapagem e que já está a fazer buracos no fundo, todos sabemos, incluindo - apesar de tudo - o primeiro-ministro.
E para a economia voltar a funcionar é urgente dar oportunidade ao primado da competência e não, como está a fazer também este Governo, ao da filiação partidária. São tantos os autómatos que este Governo guindou (ou permite que sejam guindados) a lugares de decisão, que não tardará muito que os portugueses digam: «voltem Santana, Durão ou Guterres... estão perdoados».
Tenho, contudo, dúvidas que essa aposta vingue. E tenho porque, para ter efeitos, o exemplo deveria mesmo começar por cima, ou seja, pelos órgãos de Poder. E isso, convenhamos, nunca acontecerá. Aí, desde sempre, funciona a subserviência e não a competência. Aí funcionam as ideias de Poder e não o poder das ideias.
Também não seria mau que o exemplo fosse dado pelas empresas onde o estado tem poder, directa ou indirectamente. Mas não é, nem vai ser, assim. Nessas empresas, dir-me-ão, não é a antiguidade que conta. Têm razão. Não é. Em vez da antiguidade conta, e entre as duas venha o diabo e escolha, a subserviência.
Portugal continua a confundir a obra prima do Mestre com a prima do mestre de obras. Promove, ou permite que se promova, todos aqueles que estão sempre de acordo, todos aqueles que para contar até 12 têm de se descalçar. Quanto à competência, esse é um critério selectivo que só está em primeiro lugar quando é preciso despedir.
Os incompetentes proliferam por todos os lados. Mesmo que descobertos nas mais vis latrinas das cunhas e das filiações partidárias, são guindados para o topo das hierarquias de modo a que, com toda a lata, demitam ou ajudem a demitir os que sabem mais, os que fazem melhor, os competentes.
É assim em quase toda a nossa sociedade. Fundações, empresas públicas, semi-públicas, institutos, etc. estão cheios de gentalha capaz de tudo para cumprir o que o chefe manda, capaz de tudo para manter o tachito. E é desses que (quase todos) os patrões (também eles "competente$") gostam. Esses até são capazes de dar o ... e dois tostões para que não lhes tirem o nome da hierarquia da empresa.
Mas, convenhamos, não é com esses que Portugal sai da cepa torta. Falta é saber se o país quer dela sair. Se não quer, então está no caminho certo e deve acrescentar, logo à cabeça, que só terão lugar no mundo do trabalho todos aqueles que comprovadamente não tenham coluna vertebral.
Que a economia entrou em derrapagem e que já está a fazer buracos no fundo, todos sabemos, incluindo - apesar de tudo - o primeiro-ministro.
E para a economia voltar a funcionar é urgente dar oportunidade ao primado da competência e não, como está a fazer também este Governo, ao da filiação partidária. São tantos os autómatos que este Governo guindou (ou permite que sejam guindados) a lugares de decisão, que não tardará muito que os portugueses digam: «voltem Santana, Durão ou Guterres... estão perdoados».
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