terça-feira, março 04, 2008

Dignificar os políticos a norte de Marrocos?
- Bem. Só mesmo acabando com os políticos

O presidente do PND, Manuel Monteiro, defendeu hoje o fim da imunidade parlamentar e o exercício do mandato de deputado em exclusividade de funções como forma de "dignificar a vida política". É uma boa sugestão, se bem que como todas as boas ideias vá parar ao lixo.

Se calhar, digo eu, as coisas devem continuar como estão e ao estilo de quanto pior, melhor. Talvez assim, um dias destes, em vez de querermos moralizar os políticos resolvamos acabar com eles. Com estes que proliferam ao sol das ocidentais praias ao norte de Marrocos.


O líder do Partido da Nova Democracia defendeu que "quem é eleito deputado tem que deixar de exercer a profissão, seja advogado, médico ou qual for", argumentando que essa seria uma forma de "precaver situações" em que as leis "são feitas à medida" de interesses particulares.

Pois. Leis à medida, por media e por encomenda, como convém a um reino que já cheira mal de tão podre que está.


Em declarações à Agência Lusa no final de uma reunião com o bastonário da Ordem dos Advogados, Manuel Monteiro disse ter transmitido a Marinho Pinto "o caminho da denúncia e do combate à corrupção". Denunciar é alguma coisa, apesar de se correr o risco de substituir os políticos por denunciantes profissionais.

O líder do PND defendeu ainda o fim do actual regime de imunidade parlamentar, propondo que os deputados só sejam beneficiados pela imunidade em "relação a questões como o livre exercício da actividade política". Essa não pega. Com os nossos políticos, só pode existir imunidade para os casos em que dá jeito.

É claro, acrescento, que há boas excepções no espectro político-partidário português. Não me lembro de nenhuma, mas admito que existam.

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