É mesmo. Somos poucos mas ainda vamos andando por aí, sabe Deus com que dificuldade, sabe o Diabo com que determinação. Somos, concordo, uma espécie em vias de extinção. No entanto, mesmo em cativeiro, ainda vamos mantendo a reprodução da raça. Um dia destes alguém se lembrará que, afinal, é preciso manter a espécie, eventualmente fazendo regressar os exemplares que estão em cativeiro ao seu habitat natural. É que sem esta espécie, mau grado os cruzamentos que adulteram a sua pureza, a liberdade será uma miragem. Com o fim desta espécie chegará também ao fim a liberdade. Podem crer. Dizem-me os especialistas que, se calhar, até somos muitos. Será? Ou só somos muitos quando convém? Continuo a pensar que somos poucos, pelo menos os que andam de coluna erecta. Outros dão hoje sinal de a querer pôr direita, mesmo que ontem a tivessem servilmente curvada. Será que os erectos são uma espécie em vias de extinção, sendo que os outros são uma excrescência em vias de ser espécie? Ou será que tudo não passa de uma miragem?
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