O líder da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, queixou-se hoje em Maputo ao Presidente português, Cavaco Silva, segundo o jornalista Luís Andrade de Sá, da Lusa, da "mistura entre partido FRELIMO, governo e instituições" e apelou a que Portugal "comece a falar em Democracia".
Portugal, na circunstância através de Cavaco Silva, pode de facto falar de democracia, mas terá de dizer aos moçambicanos: olhai para o que nós dizemos e não para o que nós fazemos.
É que, também em Portugal existe uma “mistura entre Partido Socialista, governo e instituições”, apesar de o país viver em suposta democracia desde 1974.
É que, também em Portugal existe uma “mistura entre Partido Socialista, governo e instituições”, apesar de o país viver em suposta democracia desde 1974.
"Disse ao Presidente (Cavaco Silva) que o apoio a Moçambique não é o apoio ao partido FRELIMO mas ao povo de Moçambique", referiu o líder da RENAMO, no final de uma reunião de cerca de 40 minutos com o chefe de Estado português. Dhlakama acrescentou ter dado exemplos de casos de "mistura entre FRELIMO e Estado moçambicano", nomeadamente "professores, enfermeiros e funcionários públicos que até hoje são obrigados a pertencerem ao partido" no poder desde a independência.
Creio que Cavaco terá pensado para com os seus botões: “É exactamente o mesmo que se passa em Portugal”.
"Ele (Cavaco Silva) até me disse que eu estava a exagerar mas eu respondi: não, o Presidente tem liberdade, fale com as pessoas em privado'" para confirmar a acusação, contou Afonso Dhlakama.
É isso. Não sei se Cavaco conversou em privado com os moçambicanos para confirmar a promíscua mistura entre a FRELIMO, o governo e o estado. Tal como não sei se Cavaco conversa em privado com os portugueses para confirmar a promíscua mistura entre o PS, o governo e o estado.
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