O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) congratulou-se, na Cidade da Praia, Cabo Verde, com os êxitos alcançados na consolidação da democracia em Angola. É mesmo para rir, ou só contaram para eles.
A informação vem expressa no comunicado final da XIV reunião deste órgão, em que Angola esteve representada por uma delegação chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos.
Os participantes realçaram também os êxitos alcançados pelos angolanos nos domínios da reconstrução nacional e do desenvolvimento económico. É mesmo para rir, ou só contaram para eles.
A CPLP só deve ter visto, como aliás lhe é habitual, a face A de Angola, pouco se importa que estejam a aumentar os actos de violação dos direitos políticos, económicos, culturais e sociais dos angolanos.
Tudo vai bem para a CPLP desde que os poucos que têm muitos milhões possam continuar a ter mais milhões. Que os milhões que têm pouco ou nada continuem a ter cada vez menos, isso, convenhamos, pouco conta para a CPLP.
Todos sabem, mas a CPLP não quer saber, que as desigualdades sociais e regionais cresçam a todas as horas, que a educação, o ensino e a saúde continuam a mostrar que o rei MPLA vai nu.
E isso não interessa à CPLP por que ela sabe que os filhos do rei podem ferquentar os melhores estabelecimentos de ensino e os melhores hospitais, nem que seja no estrangeiro.
E isso não interessa à CPLP por que ela sabe que os filhos do rei podem ferquentar os melhores estabelecimentos de ensino e os melhores hospitais, nem que seja no estrangeiro.
O Governo, o tal do MPLA, não explica como é que as reservas do país no estrangeiro baixaram drasticamente nos últimos meses, tal como não justifica a necessidade de contrair novos empréstimos. E não justifica porque em Angola só existe o MPLA, sendo tudo o resto paisagem. Paisagem onde se inclui a CPLP.
A Assembleia Nacional, de facto o único órgão de suposta soberania legitimado pelo voto, continua calada e com o rabinho entre as pernas (tal como a CPLP) quanto ao fim do mandato legal do Presidente da República, cuja transitoriedade já dura desde 1992.
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