O Partido Comunista Português vai questionar o Governo e o ministro das Finanças sobre os prémios atribuídos a três gestores da Parpública, situação que o deputado Agostinho Lopes definiu à Lusa como "escandalosa".
"O Governo justifica, com o maior dos descaramentos, que gestores públicos possam receber, para lá dos seus vencimentos, em geral bastante elevados e com uma série de regalias, prémios de gestão superiores a 50 mil euros. Se existem contratos que dizem tal coisa, esses contratos são manifestamente um escândalo", referiu o deputado comunista.
Em comunicado de imprensa hoje divulgado, o PCP refere que o anúncio de 176 mil euros de prémios a três gestores da Parpública constitui ainda "uma ofensa a todos quantos são obrigados a viver dos seus magros salários ou vêem ser-lhes negado o acesso ao subsídio de desemprego".
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou hoje, em Faro, que os gestores da Parpública receberam prémios de mais 176 mil euros do Estado por terem cumprido os objectivos traçados e estabelecidos em contrato.
À margem de uma sessão de esclarecimento do "Programa de Qualificação-Emprego", que decorreu hoje em Faro, na Escola de Hotelaria e Turismo, Teixeira dos Santos foi questionado pelos jornalistas se em tempo de crise mundial tal prémio não seria demasiado alto.
O responsável pelas pastas da Economia e Finanças afirmou que o "Estado é uma pessoa de bem" e que"respeita os contratos que celebra".
Segundo o jornal "Correio da Manhã" de hoje, três administradores executivos da Parpública receberam este ano bónus superiores a 50 mil euros cada por sete meses de exercício de 2007.
A Parpública - Participações públicas foi criada em 2000 com o objectivo de ser o instrumento do Estado para assegurar a gestão de empresas em processo de privatização, nomeadamente a TAP, Galp ou Companhia das Lezírias.
Sem comentários:
Enviar um comentário