O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovou hoje, na Cidade da Praia, em Cabo Verde, a data de 5 de Maio como o "Dia da Língua Portuguesa e da Cultura" do espaço lusófono, a celebrar obrigatoriamente todos os anos.
Pronto. Está tudo resolvido. A língua e a cultura já têm tudo o que lhes faltava: um dia para celebrar, mesmo que não seja feriado.
A iniciativa pretende reforçar os papéis do Português e da Cultura lusófona no mundo, contando com o apoio daquela coisa que Portugal diz que têm de ser reformulada e que eu digo que tem de ser extinta, o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP).
Pelos vistos ainda há gente (boa gente, acredito) para quem é possível planificar e executar programas de promoção, defesa, enriquecimento e difusão do idioma oficial da comunidade através do IILP.
O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa aprovou hoje também, em Cabo Verde, a nova visão estratégica de cooperação, que visa sobretudo dar maior coerência e eficácia ao alinhamento da cooperação comunitária entre os "oito".
Segundo disse aos jornalistas o director de Cooperação da CPLP, Manuel Lapão, a nova visão estratégica da cooperação no espaço da CPLP "terminará com os projectos desgarrados e passam a existir projectos sectoriais", como o recente do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde (PECS).
"As reuniões ministeriais têm capacidade de criar fundos autónomos para os seus projectos e o que defendemos é que essa situação não se verifique sempre que os desembolsos estejam colocados dentro do fundo especial, que é o instrumento financeiro que já existe para o efeito", disse Manuel Lapão.
Esta CPLP faz-me lembrar aqueles restaurantes em que a ementa é longa, pormenorizada, recheada até dizer basta. Nada falta. Tem tudo. No entanto, 90% dos pratos estão sempre esgotados, e o cliente acaba sempre por comer um bife com batatas fritas.
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