quarta-feira, julho 22, 2009

Um espelho de como vai o reino lusitano (II)

«Saber contar até doze sem terem necessidade de tirar os sapatos - que imagem brilhante dos chamados jornalistas (alguns) que temos na praça.

Depois de Mário Castrim, nada mais houve que tirasse o verniz a uma classe cada vez mais infiltrada de pequenotes artistas (pequenotes em tudo, inteligência, cultura, honestidade, lealdade e profissionalismo) que parasitam numa profissão que sempre foi muito digna, e que se deseja cada vez mais digna e responsável.

Ao ler este artigo («
Um espelho de como vai o reino lusitano»),veio-me à memória os tempos em que esses pequenotes nem sequer tinham lugar na limpeza das retretes das tipografias. Hoje pululam por aí. São uns senhores.

Engravatados ou não, plastificados sempre... confessemos, às claras, que realmente são uns senhores. Ufanos, gaiteiros e rasteiros sempre que lhes convém.

Ai de quem lhes toque porque a mercantilagem, sobretudo o repelente e viscoso mercantilismo político (no pior sentido e como braço armado de interêsses agasalhados na obscuridade), decapita-os de imediato, sem olhar a meios, e sem uma mínima réstea de decência profissional.

Saber contar até doze sem terem necessidade de tirar os sapatos - é efectivamente uma imagem granítica que resume a existência desses pequenotes, desses intocáveis rabinos.

Parabéns amigo Orlando de Castro. Bem vindo de novo à luz do dia saudoso Mário Castrim. Vale sempre a pena dizer que estamos vivos em todo o percurso da vida e mesmo para além da morte.

Jaime de Saint Maurice»

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