Mais de 1300 atletas estão em Lisboa no maior evento desportivo organizado por Portugal. É a segunda edição dos Jogos da Lusofonia.
Sendo certo que o desporto (também) une as pessoas e ajuda a ultrapassar barreiras, mesmo não sendo já o que foi idealizado por Pierre de Coubertin (alma sã em corpo são), creio que a Lusofonia merece mais, muito mais, do que uma festa deste tipo que, aliás, do ponto de vista português está a servir de teste a uma futura candidatura aos Jogos Olímpicos .
Sob o lema "A união mais forte do que a vitória", esta edição reúne mais de 1300 atletas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Índia, Macau (China), Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Sri Lanka e Timor-Leste.
Como se vê é um conceito de Lusofonia bem amplo que, aliás, ainda poderia ser mais alargado, caso houvesse coragem de incluir outros núcleos lusófonos de sentimento, que não de jure, como a Galiza e até Cabinda.
Atletismo, basquetebol, desporto para deficientes (demonstração), futebol, futsal, judo, taekwondo, ténis de mesa, voleibol e voleibol de praia serão as modalidades nesta festa da Lusofonia, que terá como palcos espaços tão diversos como o Pavilhão Atlântico (futsal, ténis de mesa, judo, taekwondo) Complexo de Almada (basquetebol), Hockey de Sintra (basquetebol feminino), Estádio José Gomes, na Reboleira (futebol), Estádio Nacional (futebol e hóquei em campo), estádio Universitário (atletismo), Av. Marginal (atletismo estrada), Praia de Santo Amaro de Oeiras (voleibol de praia) e Complexo de Casal Vistoso (voleibol).
De acordo com a organização, os principais símbolos da lusofonia são (pelo menos para este evento) “a língua, as palavras e o mar”.
Não está mal, embora eu (ao contrário, como é óbvio, dos ilustres protagonistas de mais este areópago mediático) entenda que a Lusofonia só tem futuro se for tudo menos “a língua, as palavras e o mar”.
A Lusofonia não pode ser, como hoje é, estenter a mão ao irmão que tropeçou numa pedra e se estatelou no chão. A Lusofonia tem de ser tirar a pedra do caminho antes de o irmão tropeçar. Mesmo que esse irmão nunca saiba quem a tirou.
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