A propósito da manchete do Notícias Lusófonas (imagem) voltei a perguntar à minha sombra (velha companheira dos dias sem pão e dos pães sem dias) se concordava que eu escrevesse algo a dizer que o Jornalista angolano William Tonet é um herói do verdadeiro Jornalismo em Angola.
A resposta foi lapidar: “Sem dúvida” (mal fora se ela dissesse o contrário). E se estamos de acordo, é mesmo sobre isso que vou voltar a escrever.
Uma rápida consulta ao dicionário permite-me dizer, ou voltar a dizer, ou dizer tantas vezes quantas forem necessário, que herói é "um homem extraordinário pelas suas qualidade guerreiras, triunfos, valor ou magnanimidade".
Enquadra-se, digo eu. O Tonet há muito que mostrou ter qualidades guerreiras. Se assim não fosse não teria sobrevivido à “selva” onde exerce a sua profissão. Triunfos? Sim, teve muitos, destacando-se desde logo o facto manter um jornal independente e uma coluna vertebral erecta.
Magnanimidade? Também. Mas esta é uma explicação, ou uma história, que, no meu caso pessoal, reservo para mais tarde.
Herói também é “o protagonista ou personagem principal de uma obra literária”. Não é, por enquanto, o caso. Sê-lo-á certamente um dias destes. Hoje é apenas o protagonista deste meu humilde texto.
Acredita, meu caro Tonet, que essa tua tenaz luta para dar voz aos que a não têm é um acto de heroicidade, por muito que isso custe a alguns supostos heróis... de pés de barro.
Como também és daqueles que nunca serão dorrotados porque nunca deixarás de lutar, mereces este reconhecimento (se bem que pouco útil te seja!).
Continuemos, por isso, a fomentar a criação de pulgas...
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