sexta-feira, julho 31, 2009

De quarentena ao fim de trinta anos

Um macaco-verde que estava ilegalmente (se calhar, digo eu, terá pedido asilo alimentar) num apartamento em Faro (Portugal) foi capturado pelo Núcleo de Protecção Ambiental da GNR da cidade, em conjunto com elementos do Instituto de Conservação da Natureza e de Biodiversidade, de Lisboa.

Poderia ter sido a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, vulgo ASAE, mas não. Foram especialistas. Ainda bem para o macaco (vamos ver se assim será).

O primata foi trazido da Guiné-Bissau há cerca de trinta anos pelo seu proprietário, "estando desde essa altura confinado à varanda do referido apartamento", explicou a GNR, frisando a ilegalidade da "posse deste tipo de animais" e o perigo de estes serem portadores de doenças transmissíveis ao Homem.

Não sei se, com a fome que por lá grassa, teria durado tanto tempo se tivesse ficado na Guiné. Mas o que é que isso importa? Nada. O importante é que, ao fim de 30 anos, o animal vai mudar de casa.

O animal será agora posto em quarentena, sendo posteriormente integrado num parque ecológico", disse ainda a GNR.

É uma história como outra qualquer de quem, certamente por amor ao animal, o trouxe para o seu convívio já que, calculo, muitas outras recordações tiveram de ficar lá pelas terras de Amilcar Cabral.

3 comentários:

e-Medita disse...

100% de acordo c/ a acção das autoridades.
Deus criou os animais para viverem nos seus habitats naturais, mas para desgraça deste mundo é desgraçadamente destruído por esse mesmo ser que manteve este primata em cativeiro durante 30 anos.

Anónimo disse...

Claro que o Sr e-Medita tem razão!
Deus criou os animais para viverem nos seus habitats naturais, mas imagine por exemplo o caso de um desgraçado de um papagaio cinzento que uma a uma lhe arrancaram as penas a sangue frio para que não voasse.Comprei-o por 80 usd, levei-o para casa, tratei dele e durante dois anos até massagens nos orifícios onde as penas nascem tive que dar, que as penas nasciam tortas. Jorrava sangue quando esfomeado e a ouvir que a carne dele era muito gostosa, o tirei das mãos dos «ecologistas africanos» levei bicadas já sem força, até que o bichinho entendeu que era para lhe fazer bem e o tratar.Também assisti a um chimpanzé fêmea a ser apedrejada e com uma tábua a baterem-lhe continuamente.E mais não conto!
Quando África, entender que entre irmãos se devem dar bem...então muito, mas muito mais tarde, entenderão que os animais são parte deste planeta e que merecem respeito.
Até lá pode crer que estão bem melhor longe do seu habitat.

e-Medita disse...

Estou de acordo com o que disse mas discordo do homem quando utiliza a sua sabedoria para ser perverso.
Em África como cá, na Ásia ou nas Américas o homem quando não tem princípios e não respeita o mundo que o rodeia é o pior dos animais.

Um abraço
João Carlos
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