Angola, sob a égide desde 1975 do MPLA, continua a gerar paixões diversas. Os investidores, como é o caso de Portugal, continuam a ver no país uma mina inesgotável. Enquanto isso, a maioria dos angolanos continua a fazer contas de subtrair com a barriga... vazia.
Aos que vivem na face A de Angola, pouco importa que estejam a aumentar os actos de violação dos direitos políticos, económicos, culturais e sociais dos angolanos. Pouco importa, antes pelo contrário, que o MPLA continue a delapidar o erário público.
Tudo vai bem desde que os poucos que têm muitos milhões possam continuar a ter mais milhões. Que os milhões que têm pouco ou nada continuem a ter cada vez menos, isso, convenhamos, pouco conta.
Todos sabem, mas ninguém quer saber, que as desigualdades sociais e regionais cresçam a todas as horas. Os negócios não se compadecem com as minudências de quem que quer dar voz aos que a não têm, o povo.
A educação, o ensino e a saúde continuam a mostrar que o rei MPLA vai nu. Mas como os filhos do rei podem ferquentar os melhores estabelecimentos de ensino e os melhores hospitais, nem que seja no estrangeiro, tudo vai bem.
O Governo, o tal do MPLA, não explica como é que as reservas do país no estrangeiro baixaram drasticamente nos últimos meses, tal como não justifica a necessidade de contrair novos empréstimos. E não justifica porque em Angola só existe o MPLA, sendo tudo o resto paisagem.
A Assembleia Nacional, de facto o único órgão de suposta soberania legitimado pelo voto, continua calada e com o rabinho entre as pernas quanto ao fim do mandato legal do Presidente da República, cuja transitoriedade já dura desde 1992.
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