Só faltava mais esta, apesar de nada disto ser novo. As autoridades militares da Guiné-Conacri terão abortado uma tentativa de golpe de Estado com origem na Libéria e na Guiné-Bissau.
Segundo as notícias que chegam (mais ou menos) via Guiné-Conacri, o capitão Moussa 'Dadis' Camara colocou o Exército em estado de alerta face à possibilidade de um ataque de guerrilheiros a partir dos vizinhos estados da Libéria e da Guiné-Bissau.
O mesmo oficial afirmou que os ataques poderiam ser levados a cabo por militares por ele destituídos em Dezembro e ligados ao narcotráfico.
Segundo a rádio, "estes grupos armados estão na folha de pagamento dos cartéis da droga que foram desmontados quando o Governo militar tomou o poder".
Mossa Camara tomou o poder e suspendeu a Constituição poucas horas depois da morte do general Lansana Conté, que presidia aos destinos da Guiné-Conacri há 24 anos, acusando publicamente oficiais superiores do antigo regime de corrupção e de estarem ligados ao narcotráfico.
Em Junho, 20 pessoas, incluindo o anterior chefe das Forças Armadas e o seu filho, foram acusados de ligações ao narcotráfico na sequência de investigação judicial.
Estamos, portanto, todos a ver o cenário: narcotráfico, militares, golpes de estado e, é claro, o povo sem comida. E como nenhuma destas situações se limita um só país, ou pseudo-país, lá está também a Guiné-Bissau envolvida.
Sem comentários:
Enviar um comentário