terça-feira, fevereiro 02, 2010

E se Ramalde pagasse ao Fluvial?

O Fluvial Portuense está a ser gerido por uma comissão administrativa. Nesta altura, apesar da sua longa e prestigiada história (foi criado a 4 de Novembro de 1876, tornando-se na colectividade desportiva mais antiga da cidade do Porto e na terceira mais antiga de todo o país) as procupações são com o pagamento dos salários em atraso e do gás para aquecimento das piscinas.

Instituição de utilidade pública desde 1931, (sobre)vive com sérias dificuldades e o seu património imobiliário passou para o Corte Inglés, solução considerada vital porque, para além de permitir o regresso da maior parte do património, rendeu já quatro milhões de euros.

O Clube pensa em breve pagar 12 mil euros dos 60 mil relativos a cinco meses de salário em atraso, mais 19 mil para o gás.

Para além de esperar a chegada de cerca de um milhão de euros de fundos comunitários, o Fluvial continua também à espera (e ao que me perece terá de esperar sentado) dos quase 18 mil euros devidos pela Junta de Freguesia de Ramalde.

Certo é que o Fluvial tem as piscinas encerradas por impossibilidade de pagar o gás necessário para aquecimento da água. O clube garante que a Câmara do Porto teve influência no congelamento das suas contas bancárias, Rui Rio diz que não é assim. O mesmo dirá certamente Manuel Maio, presidente da Junta de Ramalde, em relação aos 18 mil euros em dívida.

Certo, certo é que as contas bancárias continuam penhoradas pela Câmara do Porto que reclama o pagamento de uma taxa de compensação. São mais de 400 mil euros, que – segundo o JN - estão na base de um processo no Tribunal Administrativo do Porto. A esta verba somam-se cerca de 700 mil euros de dívidas, incluindo os 40 mil do gás.

E como os poderes autárquicos têm mais com que se preocupar, as instituições de referência da cidade continuam a correr o risco de afundarem, neste caso por estarem a meter água... fria por todos os lados.

Não me admira, por isso, que tanto a Câmara do Porto como a Junta de Freguesia de Ramalde continuem a cantar e a rir, mesmo que não possam ver nos céus da cidade o Red Bull Air Race.

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