Os métodos utilizados nas diversas frentes políticas, empresariais e outras por José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, revelaram-se eficazes durante muito tempo. A Comunicação Social foi uma delas. O êxito (do ponto de vista deste PS) não foi total mas esteve perto.
Por interpostas pessoas (quase todas socialistas enquanto o PS for governo...) conseguiu pôr os jornalistas a pensar com a barriga, dando-lhes contudo – reconheço e saliento - duas alternativas: ou comem e calam e podem pagar a conta ao merceeiro e o empréstimo da cubata, ou não comem nem calam e vão para o desemprego.
Foi assim que funcionou. Era assim que deveria, deverá, continuar a funcionar. E como o reino, não o dos céus mas o das ocidentais praias lusitanas, está na mão de cobardes, a única solução entendida (pela barriga) como viável é mesmo comer e calar, apostar numa coluna vertebral amovível e numa cabeça subordinada à barriga.
Foi assim que funcionou. Era assim que deveria, deverá, continuar a funcionar. E como o reino, não o dos céus mas o das ocidentais praias lusitanas, está na mão de cobardes, a única solução entendida (pela barriga) como viável é mesmo comer e calar, apostar numa coluna vertebral amovível e numa cabeça subordinada à barriga.
Tão simples quanto isso.
Ser cobarde foi, nos últimos anos, a mais válida forma de (sobre)viver na sociedade portuguesa em geral e, em particular, no comércio e indústria de textos de linha branca a que, por manifesta ignorância, se chama em Portugal "jornalismo".
São esses cobardes poli-partidários (às segundas, quartas e sextas são do PS, às terças, quintas e sábados do PSD e ao domingo piscam o olho aos outros) que, por regra, comandam (mal, mas comandam) este país ou, para ser mais correcto, algumas das partes que no seu conjunto formam o país.
Por isso os cobardes apostam tudo, sobretudo o que é dos outros, na razão da força que é alimentada pela impunidade do reino. Com a cobertura, mesmo que involuntária, de muito boa gente, levam a que a força da razão perca batalhas e mais batalhas.
Ao contrário do que cheguei a pensar, esses cobardes não só estão a ganhar batalhas como poderão vencer a própria guerra. Não lhes falta apoio de quem, ao seu estilo, se está nas tintas para a liberdade de expressão, para a democracia, para as regras de um Estado de Direito.
Para gáudio dos cobardes e dos que dão cobertura aos cobardes, Portugal parece dar-se bem com a cobardia. No entanto, espero eu que um dias destes alguém descubra que esses cobardes, mascarados de heróis, para contarem até 12 têm de se descalçar.
Há anos que eu digo que esses cobardes iriam continuar a calar as vozes que tentam dar voz a quem a não tem. Assim aconteceu, assim irá acontecer com certeza por muitas que sejam, e são mesmo, as faces ocultas do poder.
Se os políticos portugueses preferem ser assassinados pelo elogio do que salvos pela crítica, preferem ter correligionários néscios do que adversários inteligentes, é bem possível que a própria a democracia esteja em perigo.
Mesmo que esteja, o que é que isso interessa desde que os cobardes continuem com os seus tachos?
São esses cobardes poli-partidários (às segundas, quartas e sextas são do PS, às terças, quintas e sábados do PSD e ao domingo piscam o olho aos outros) que, por regra, comandam (mal, mas comandam) este país ou, para ser mais correcto, algumas das partes que no seu conjunto formam o país.
Por isso os cobardes apostam tudo, sobretudo o que é dos outros, na razão da força que é alimentada pela impunidade do reino. Com a cobertura, mesmo que involuntária, de muito boa gente, levam a que a força da razão perca batalhas e mais batalhas.
Ao contrário do que cheguei a pensar, esses cobardes não só estão a ganhar batalhas como poderão vencer a própria guerra. Não lhes falta apoio de quem, ao seu estilo, se está nas tintas para a liberdade de expressão, para a democracia, para as regras de um Estado de Direito.
Para gáudio dos cobardes e dos que dão cobertura aos cobardes, Portugal parece dar-se bem com a cobardia. No entanto, espero eu que um dias destes alguém descubra que esses cobardes, mascarados de heróis, para contarem até 12 têm de se descalçar.
Há anos que eu digo que esses cobardes iriam continuar a calar as vozes que tentam dar voz a quem a não tem. Assim aconteceu, assim irá acontecer com certeza por muitas que sejam, e são mesmo, as faces ocultas do poder.
Se os políticos portugueses preferem ser assassinados pelo elogio do que salvos pela crítica, preferem ter correligionários néscios do que adversários inteligentes, é bem possível que a própria a democracia esteja em perigo.
Mesmo que esteja, o que é que isso interessa desde que os cobardes continuem com os seus tachos?
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