O primeiro-ministro de Portugal vai fazer-se acompanhar de 50 empresários na sua visita oficial a Moçambique, agendada para 3, 4 e 5 de Março. De acordo com a Lusa, que cita fonte do executivo, na comitiva de José Sócrates estarão ainda cinco a seis ministros.
A visita a terras moçambicanas terá «uma grande componente económica». Apesar de fonte do gabinete do primeiro-ministro ter avançado que o programa da visita ainda está a ser decidido, sabe-se para já que existirá um Seminário Económico para empresários portugueses e moçambicanos e que o primeiro-ministro deverá deslocar-se ao Songo, onde está situada a barragem de Cahora Bassa.
As energias renováveis assumirão um papel central no que respeita à agenda económica da visita.
E se isto é o que interessa, permitam-me recordar algumas coisas que – obviamente - (não) interessam:
Em termos de mortalidade infantil, Moçambique é o terceiro país com maior índice (128 por 1.000), apenas atrás da Serra Leoa (146/1.000) e do Malaui (130/1.000).
Em relação à esperança de vida à nascença, Moçambique ocupa o segundo lugar no "ranking" negativo, com 37,3 anos para os homens e 38,6 para as mulheres.
O número de médicos em Moçambique não ultrapassa os 500. O de curandeiros, entretanto, supera os 70 000. 1 milhão de crianças não têm mãe. Destas, 400 000 ficaram órfãs por causa da Sida.
No ranking da corrupção divulgado pela Transparência Internacional, Portugal aparece na 32ª posição, Cabo verde na 47ª, Brasil na 80ª, Sao Tomé e Príncipe na 121ª, Moçambique na 126ª, Timor-Leste na 145ª, Guiné-Bissau na 158ª tal como Angola.
1 comentário:
Embora já tivesse conhecimento do seu blogue através de Ondjira Sul, de Namibiano Ferreira, só hoje tive oportunidade de navegar um pouco através dele. Parabéns! Gostei imenso. Pondo os pontos nos ii..., frontal, honesto e expondo a realidade "nua e crua", como eu gosto. Sobre o nosso PM, estamos conversados. Ele é mesmo um "trauliteiro" que nos calhou em sorte e, se conhece a triste realidade da grande maioria do povo Moçambicano, Angolano, Português, ou outro qualquer, para quem as novas tecnologias, por muito necessárias que possam ser, não são a "prioridade", ele "não está nem aí", como dizem os nossos irmãos brasileiros. Ele gosta é de mostrar aquilo que não somos e, por este andar não seremos tão cedo. É um vaidoseco e um aprendiz (mau) de "ditador", que por muito que se ajoelhe (e a "corja" que o acompanha) a "engraxar" os sapatos italianos de Eduardo dos Santos e outros que ele "adoraria ser", jamais passará de um sevandija irresponsável e um vendilhão de promessas que nunca se concretizam mas que, infelizmente, nos deixará "em testamento" um dívida descomunal para nós, os nossos filhos e netos pagarmos... Mas continua "cantando e rindo" tanto cá, como em qualquer parte do mundo. Pudera!
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