Pedro Passos Coelho disse hoje, no Porto, que "Portugal está a bater no fundo". Gostava de conhecer esse Portugal a que se refere o candidato à liderança do PSD. É que o Portugal que eu conheço já há muito bateu no fundo. Que o digam os mais de 20% de pobres ou os mais de 700 mil desempregados.
Tal como Manuela Ferreira Leite, Aguiar-Branco e Paulo Rangel são mais do mesmo. São políticos capazes de colocar o PSD como o primeiro dos últimos. Diferente, e por isso ainda condenado ao insucesso, parece-me ser Pedro Passos Coelho, com quem os portugueses teriam a ganhar.
Isto porque, digo eu, acredito nos homens que põem o poder das ideias acima das ideias de poder.
Como em (quase) tudo na vida, existem pessoas que querem ser os primeiros entre os primeiros, e outras para quem ser o primeiro dos últimos é suficiente, que querem ser umas espécie de Sport Lisboa e Benfica (viver dos louros do passado e aceitar passivamente ser segundo, terceiro ou quarto). É assim no PSD.
Recordo, até porque não penso gastar muitas linhas mais com o PSD do passado, que Luís Filipe Menezes não conseguiu concentrar as suas forças no adversário porque, dentro de casa, não faltaram os inimigos não eleitos a tentar fazer-lhe a cama.
E tanto tentaram que concretizaram o seu sonho, embora seja um, mais um, pesadelo para os portugueses. E, pelos vistos, assim querem continuar. Mudar não é com eles.
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