segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Mário Crespo denuncia pressões do Governo.
José Manuel Fernandes acusa director do JN

«Mário Crespo denunciou hoje, num artigo que se encontra publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, ter sido alvo de conversas hostis por parte de três membros do Governo, de José Sócrates, Jorge Lacão e Silva Pereira.

No texto, o jornalista da SIC refere que no dia 26 de Janeiro, dia de Orçamento, "o Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor".

"Fui descrito como um profissional impreparado", descreve ainda Mário Crespo. "Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o", acrescenta.

No texto, Mário Crespo faz ainda referência ao caso de Manuela Moura Guedes. "Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”.

Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”", continua o jornalista da SIC.

De acordo com uma nota divulgada no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, este artigo foi originalmente redigido para ser publicado hoje na imprensa. José Manuel Fernandes, ex-director do Público, publicou hoje no Facebook que este era um artigo para ter saído no Jornal de Noticias, mas o director não deixou. José Manuel Fernandes disse ainda ter confirmado esta informação.»

Ver:
http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=53836
http://www.institutosacarneiro.pt/?idc=509&idi=2500

3 comentários:

Anónimo disse...

A desistência do António Vitorino do programa semanal de opinião, na RTP, foi um golpe muito inteligente de relações públicas. A desistência de um militante do PS poderia ter sido resolvida com a nomeação de outro militante do PS. Assim, com a reforma “por cansaço” do António Vitorino pretenderam que a RTP afastasse o Marcelo Rebelo de Sousa (para dar a ideia de que a televisão é imparcial). A verdade é que as intervenções do Marcelo Rebelo de Sousa têm mais telespectadores do que as do António Vitorino, e ele acabava por mostrar os buracos do queijos suiços do Largo do Rato e de S. Bento. Isso não interessa a um partido e a um governo que vivem constantemente em paranónia e cujas campanhas de relações públicas entraram em declíneo. Por isso existiu a necessidade de tentar calar o Marcelo. A RTP, se fosse uma empresa verdadeiramente Nacional não participaria nesta farsa e aceitaria a “reforma por cansaço” do Toninho e das duas uma: ou o PS encontrava substituto para o Toninho ou ocupavam esse tempo com um programa de rendas e bordados das estratégias provincianas de relações publicas (por exemplo).
JFR

Calcinhas de Luanda disse...

Está mais do que confirmado à saciedade e à sociedade de que Portugal é um país intrinsecamente fascista.

mariahenriques disse...

e enquanto mário crespo se queixa lá vai seguindo o sr alberto joão e os seus desejos de milhões.: --

http://bit.ly/cq0Em0