O governo cabo-verdiano saudou hoje a escolha de Vítor Constâncio para a vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE) e considerou o ex-governador do Banco de Portugal como um "homem competente e amigo de Cabo Verde".
É caso para dizer que com amigos assim, Cabo Verde não precisa de inimigos. Quanto à competência no Banco de Portugal... foi o que se (não) viu, devido à embaciada super (ou terá sido mini?) visão míope e nanica do governador.
Em declaraçõs à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, José Brito, disse que a escolha faz “aumentar o número de amigos que temos nas instituições”, acrescentando que “Vítor Constâncio é um amigo de Cabo Verde e tem estado extremamente activo no nosso relacionamento com Portugal e particularmente com a União Europeia".
José Brito fez, aliás, o que era de esperar. Um discurso politicamente correcto e que respeita todas as regras da cordialidade que, contudo, não são sinónimo de verdade. Mas, não é menos certo, quem é que nesta altura está preocupado com a verdade?
"Esteve cá (em Cabo Verde) para nos ajudar a reflectir esta parceria especial com a União Europeia, com o apoio de Portugal. A sua designação para um cargo importante é também um bom sinal para Cabo Verde. Consideramos isto como algo justificado, porque se trata de um homem competente e Cabo Verde tem tudo a ganhar com esta designação", acrescentou José Brito.
Acredito, bem vistas as coisas e como diz José Brito, que todos fiquem a ganhar com a ida de Constâncio para o BCE. Todos desde o BPN ao BPP passando pelos portugueses que, embora temporariamente e apenas devido aos jogos típicos dos areópagos políticos da União Europeia, se livraram da figura em questão.
1 comentário:
Constâncio merecia esta investigação, ser condenado pelos crimes que fez e não recompensado! Anda tudo ao contrário!
Enviar um comentário