sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Vendo pelo preço que comprei

«No passado dia 12 abordámos aqui (*) o controlo de vários órgãos de comunicação social com o beneplácito de certas figuras muito próximas de José Sócrates, inclusivamente do conhecidíssimo comissário de informação Afonso Camões, o qual passou da administração do grupo Controlinveste para a presidência da administração da Agência Lusa.
Não é tarde nem cedo e hoje está escarrapachado nas páginas do 'Sol' a fotografia e o nome da criatura controladora como um dos "Jornalistas no puzzle dos negócios" relacionados com o caso 'Face Oculta'.

E a dado momento pode ler-se: "Para os interlocutores das conversas interceptadas no caso Face Oculta, os jornalistas dividem-se em duas categorias: os 'hostis' e os do PS", para mais adiante o semanário referir "quando já todos os jornais falam do negócio (PT-TVI), Rui Pedro Soares continua em Madrid a comentar ao telefone, com Penedos, as reacções em geral e dentro do PS.

Falam então de Afonso Camões, recém nomeado pelo Governo presidente da administração da agência noticiosa Lusa, e da 'informação que há sobre o gajo no mercado'. Camões era até aí administrador do DN (grupo Controlinveste) e Rui Pedro Soares diz que, 'no mercado, sabem que ele é um próximo do chefe' (José Sócrates)".

(*) Muito se está a falar do controlo dos órgãos de comunicação social. Da tentativa de compra do 'Correio da Manhã', do 'DN', 'JN', 'Público', TSF e TVI. Lamento profundamente o comportamento de Joaquim Oliveira, sem necessidade, quando aceitou a exigência de José Sócrates da contratação para a administração do seu grupo editorial de um comissário controlador de informação com larga experiência nesse campo.

Foi o princípio do controlo da informação por parte do primeiro-ministro, quando exigiu a inclusão do seu "amigo" Afonso Camões na administração da Controlinvest.

Coincidência no nome 'Control' para controlar e 'invest' de investir para propagandear o "amigo". Afonso Camões, que em Macau manteve durante vários anos, como director do Gabinete de Comunicação Social do governador, o comportamento mais ignóbil e marginal relativamente à lei em vigor naquele território. (Estamos a falar de uma criatura do mesmo género que o rapaz dos dois milhões e meio).

Quando se fala em controlo da informação por parte de José Sócrates é importante lembrar que, entretanto, o primeiro-ministro colocou essa sinistra figura com nome de cego, sem quaisquer habilitações para o cargo, na presidência da administração da agência noticiosa mais importante do país - a Lusa.»

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1 comentário:

Gira Angola disse...

Orgãos de comunicação social...
Valeu o texto
Passei para visitar-te meu cota
força!