A candidata do PS à Câmara do Porto (Portugal), Elisa Ferreira, insiste em querer convencer os portuenses que são sinceras as lágrimas que verte sobre o leite derramado. É pena. Ninguém, nem mesmo os socialistas, acreditam.
A candidata do PS à Câmara do Porto e eurodeputada já eleita, recusou-se hoje a comentar a decisão do PS de proibir candidaturas duplas nas próximas eleições mas garantiu que manterá a sua campanha até ao fim. Será?
Questionada sobre se é candidata até ao fim, face a rumores crescentes no PS/Porto sobre um eventual abandono, Elisa Ferreira respondeu: "Claro que sou candidata à Câmara do Porto. Estou no Porto com os pés, a alma e o coração". E então o que é que fica em Bruxelas?
A candidata do PS à Câmara do Porto e eurodeputada já eleita, que falava no final de um debate sobre o movimento associativo da cidade, foi confrontada com as declarações de um interveniente, que acusou o PS de não estar a prestar à sua campanha o apoio necessário.
"Os partidos têm as suas próprias lógicas. Claro que não sou militante, mas tenho tido o apoio suficiente e o que espero. Não há problema nenhum a esse nível. Os partidos também têm as suas próprias dinâmicas internas e às vezes a comunicação social dá muito protagonismo a essas posições, mas há lideranças dentro deles", afirmou a candidata do PS à Câmara do Porto e eurodeputada já eleita.
Questionada sobre notícias de contactos ao mais alto nível dentro do partido para discutir a sua candidatura e os maus resultados nas sondagens, Elisa Ferreira disse que "há sempre contactos a todos os níveis com o partido numa candidatura com a dimensão da do Porto".
Já antes, na intervenção final do debate, Elisa Ferreira, para quem "as sondagens valem o que valem", falou da "pressão de Rui Rio sobre a RTP e a comunicação social" para alertar: é preciso militantes e simpatizantes terem "a capacidade para resistir à tentativa de inquinar" a informação que na sua opinião vem aí nos próximos tempos.
Na reunião de sexta-feira, do secretário-geral socialista, José Sócrates, com os presidentes das federações distritais, foi determinado que os candidatos a presidentes de câmara não se devem candidatar em simultâneo a deputados na Assembleia da República.
Em declarações aos jornalistas à margem do Fórum Novas Fronteiras, que decorreu em Lisboa, o porta-voz do PS, João Tiago Silveira, considerou que a orientação, tomada sexta-feira entre o secretário-geral do PS, José Sócrates e os presidentes das federações socialistas, "eleva a qualidade da democracia".
Sem comentários:
Enviar um comentário