Aumenta a convicção de que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, procura novos objectivos. O cargo de secretário-geral da ONU parece estar no seu horizonte. Meio mundo já trabalha para isso.
Mais do que a “velha” tentativa (legítima, acrescente-se) de o Brasil ocupar um lugar no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, a aposta agora é em Lula.
Lula chega hoje a Paris. Amanhã de manhã vai conversar com a imprensa estrangeira e, à noite, jantará com o prrimeiro-ministro de Portugal, José Sócrates.
Na terça-feira, Lula vai conversar com o seu homólogo Nicolas Sarkozy e receberá o prémio da Paz Félix Houphouët-Boigny, da Unesco. Como se isso fosse pouco, rumará a Itália, terá encontros com o presidente do México, Felipe Calderón, participará numa reunião do G-5 e analisará o estado do mundo com a chanceler alemã, Angela Merkel.
De há muito que Lula aposta nos areópagos da política internacional. Nos primeiros seis meses deste ano, o presidente passou 77 dias fora do seu gabinete, em Brasília, período em que visitou 19 países. Só o mês passado, Lula viajou 14 dias, oito dos quais para o estrangeiro.
Para solidificar, ou apenas semear, o protagonismo internacional, o Brasil abriu embaixadas em nações remotas, como Cazaquistão, Togo e Botsuana. Ou seja, nos últimos cinco anos o Brasil aumentou em 30% no número de embaixadas.
E essas embaixadas têm uma missão muito concreta e objectiva: consolidar o Brasil como líder das nações em desenvolvimento e ampliar acordos comerciais com mercados alternativos.
Em África foram abertas 15 embaixadas, na Ásia quatro e oito na América Central e Europa.
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