domingo, julho 05, 2009

Passos Coelho fora das listas do PSD?

As notícias, ou o que se pretende que assim seja, apontam para a eventual não inclusão de Pedros Passos Coelho na lista dos candidatos do PSD às legislativas portuguesas. Será?

Em Abril de 2008, o líder do PSD-Porto, Marco António Costa, dizia que a maioria dos militantes e dirigentes do Porto acreditava que Pedro Passos Coelho era o melhor candidato a líder do partido. Será que mantém a posição?

A minha opinião, é claro, não conta para este campeonato onde a escolha dos candidatos a deputados, no partido que é o primeiro dos últimos, deverá ser feita, como é tradição, entre os militantes do sistema. Convenhamos que, afinal (e basta ver o exemplo do PS) o que dá é ser do sistema, estar com o sistema, apoiar o sistema.

E se for assim, com candidatos da máquina que afasta o eleitorado do PSD, que ajuda a afastar os portugueses da política, que contribui para a manutenção do poder nas mãos de José Sócrates, será difícil alterar o (mau) estado das coisas.

Diferente, e por isso condenado ao insucesso, parece-me ser Pedro Passos Coelho. Recorde-se que quando lutou pela liderança do PSD apresentou um programa estratégico aberto para ser desenvolvido com os cidadãos, tendo como "objectivo juntar as pessoas à volta das linhas estratégicas, envolver para gerar motivação e combater o distanciamento entre a política e a sociedade civil".

É claro que Pedro Passos Coelho tinha e tem razão. É claro que quem teria a ganhar seriam os portugueses.

Se eu fosse militante do PSD votaria em Pedro Passos Coelho. Tudo porque, digo eu, acredito nos homens que põem o poder das ideias acima das ideias de poder. E Pedro Passos Coelho tem essa característica.

Creio, contudo, que na corrida aos tachos do partido, Pedro Passos Coelho já não deve ter o apoio de Marco António Costa, ou de Agostinho Branquinho que – na altura das eleições para a liderança do PSD – disse de Passos Coelho: "Penso seres portador de uma mensagem de esperança tão necessária para a galvanização do PSD na conquista da confiança dos portugueses, no próximo ciclo eleitoral".

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