Os chefes de Estado e de Governo de África decidiram hoje em Sirte, na cimeira da União Africana, que não ajudarão o Tribunal Penal Internacional (TPI) a deter o presidente sudanês, Omar al-Bashir.
Na declaração final da cimeira da União Africana, os países-membros lamentaram a decisão do Conselho de Segurança da ONU de não suspender a ordem de prisão decretada contra o chefe de Estado sudanês.
A resolução aprovada no fim do encontro provocou um tenso debate na cimeira, já que 30 países-membros da UA são signatários do tratado que criou o TPI. A ordem de prisão contra Bashir foi decretada no começo de Março.
O TPI acusa o chefe de Estado sudanês de crimes de guerra e contra a humanidade durante o conflito na região sudanesa de Darfur (foto).
O Governo do Sudão de há muito, com ou sem cobertura dos países amigos, está em rota de colisão com a comunidade internacional que quer ajudar a pôr cobro à violência no país, numeadamente na região de Darfur.
Em teoria, tantos as Nações Unidas como a UA pretendem acabar com o conflito em Darfur, que começou em Fevereiro de 2003, quando dois grupos rebeldes pegaram em armas para exigir do Governo sudanês mais meios para a região.
O conflito em Darfur, considerado pelas Nações Unidas como a pior crise humanitária da actualidade, provocou já cerca de 300 mil mortos e mais de 2,5 milhões de deslocados e refugiados.
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