O Presidente da República das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, Aníbal Cavaco Silva, renovou hoje os apelos à mobilização dos portugueses para combater a “situação económica e social bem difícil” que o País atravessa. Toca, portanto, a apertar (ainda mais) o cinto.
“Com esta situação económica e social bem difícil, exige-se a mobilização de todos os portugueses”, afirmou Cavaco Silva, num breve discurso na cerimónia de inauguração da Feira de Agosto, em Grândola. Se for de todos... ainda vá que não vá. No entanto, cheira-me que, como é habitual, toca sempre aos mesmos.
Sublinhando a necessidade de serem seguidas “estratégias e políticas adequadas” para Portugal não se afastar mais dos níveis de desenvolvimento da União Europeia, o Chefe de Estado recordou que o País já ficou “demasiado tempo para trás”. Ficou e continuará a ficar.
Enquanto Portugal não perceber que está todos os dias em cima de um tapete rolante que anda para trás, não chega à meta. Com o péssimo exemplo do governo qua ainda vai tendo, tem-se limitado a caminhar no tapete, ficando com a sensação de que avança mas, de facto, está sempre no mesmo sítio.
“Temos de agarrar as oportunidades”, enfatizou Cavaco, insistindo que “apenas com trabalho” Portugal conseguirá vencer as dificuldades. Pois. E quem dá o exemplo? Se forem os políticos, bem tramados estão os portugueses.
“É preciso que os portugueses se unam, dêem as mãos para ajudar os desfavorecidos e carentes”, declarou o presidente, dizendo que, em democracia, “ninguém pode ser excluído por razões económicas das unidades de saúde” e acrescentando que “cabe ao Estado mostrar que o acesso dos mais desfavorecidos aos cuidados de saúde não é uma palavra vã”.
Bem prega Cavaco, mas Sócrates não ouve. Aliás, Sócrates só sabe que tudo sabe.
Foto (pré)histórica: o autor com Cavaco Silva
1 comentário:
O Cavaco é como o Sampaio e como o Soares, e o Socrates. Bando de demagogos! Bando de amigos ou apoiantes de corruptos! Podiam deixar Portugal para sempre que ninguém sentia a falta.
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