O líder Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior foi hoje nomeado novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, através de um decreto presidencial assinado pelo chefe de Estado guineense, Nino Vieira. Não se sabe quando tomará posse, mas do mal o menos. Já foi nomeado.
De acordo com o decreto lido na Radiodifusão Nacional (RDN, emissora estatal) a decisão de Nino Vieira é tomada em obediência (ainda bem que nos avisam disso) aos resultados das últimas eleições legislativas que deram a vitória ao PAIGC com a maioria qualificada dos votos.
De acordo com o decreto lido na Radiodifusão Nacional (RDN, emissora estatal) a decisão de Nino Vieira é tomada em obediência (ainda bem que nos avisam disso) aos resultados das últimas eleições legislativas que deram a vitória ao PAIGC com a maioria qualificada dos votos.
Antigo partido único da Guiné-Bissau até à abertura política (e que abertura!) do país ao multipartidarismo nos anos 90 do século passado, o PAIGC obteve 67 lugares no novo Parlamento composto por 100 deputados.
O decreto que nomeia Carlos Gomes Júnior primeiro-ministro ressalva, contudo, que este só iniciará essas funções com a sua investidura no cargo, cerimónia cuja data ainda não foi anunciada. E nós a pensarmos que iniciava funções antes mesmo de ser investido...
Nino Vieira decretou a nomeação de Gomes Júnior 24 horas após uma série de consultas efectuadas junto das cinco forças políticas com representação parlamentar e dos conselheiros do Estado.
De acordo com o porta-voz desse órgão de consulta do chefe de Estado, Carlos Domingos Gomes (pai do novo primeiro-ministro) tanto os partidos como os conselheiros do Estado recomendaram a Nino Vieira que nomeasse rapidamente o líder do PAIGC primeiro-ministro.
Mas não era necessária tanta pressa. O país bem poderia ficar como está mais alguns meses. Sempre daria tempo a Nino para ele fazer mais algumas das suas habilidades.
Esta é a segunda vez que Carlos Gomes Júnior é nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Da primeira vez foi na sequência das eleições legislativas de 2004, ganhas, com maioria simples pelo PAIGC, mas cujo governo seria demitido 17 meses depois por Nino Vieira, sob a alegação de uma grave crise institucional.
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