A situação de "anarquia" em que se encontra Timor-Leste pode desembocar na reedição dos distúrbios que dividiram o país em dois em 2006, causando mortos e desalojados.
Não, não sou eu que o digo. Quem o afirma com todas as letras é uma informação, que seria confidencial, da ONU publicada hoje por um jornal australiano.
Nesta informação pede-se que as forças de paz internacionais se mantenham no país para evitar o caos da nação, alimentado por uma polícia "disfuncional", um poder político dividido, que apresenta "funestos" problemas sociais e uma economia em "queda livre", segundo o diário The Australian.
Afinal, como seria de calcular pela típica forma como organizações internacionais tipo CPLP, ou países como Portugal se comportam, não há nada de realmente novo.
"Quanto às instituições de segurança, não há decisões fáceis. Os doadores deveriam preparar-se para providenciar uma nova assistência enquanto pressionam o executivo para que cumpra as suas obrigações", diz o texto, concluído a 1 de Dezembro e que tem como objectivo avaliar a conveniência da continuação das forças de paz no país.
"Continuam a existir tremendas falhas, incluindo uma débil liderança e controlo do poder, falta de capacidade de logística e de alimentos", acrescenta a informação "muito crítica" sobre a situação do país, nove anos após o fim da ocupação indonésia e seis sobre a independência.
Em Fevereiro, o Presidente da República, José Ramos Horta, foi alvo de uma tentativa de assassínio e teve de receber tratamentos médicos na Austrália, enquanto o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, escapou ileso a outro ataque na mesma ocasião.
Mais de 2.500 agentes de segurança estrangeiros continuam em Timor-Leste, a maioria proveniente da Austrália, Nova Zelândia e Portugal.
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