Quando me perguntam a razão pela qual ando há 35 anos nesta peregrina profissão, tenho alguma crescente dificuldade em responder. Isto porque, cada vez mais, os jornalistas acreditam que é possível tapar o Sol com uma peneira.
E, é claro, um dia destes (tal como aconteceu aos jornalistas do Comércio do Porto e do Primeiro de Janeiro, entre outros) vamos descobrir que na escuridão a peneira não faz falta.
E, é claro, um dia destes (tal como aconteceu aos jornalistas do Comércio do Porto e do Primeiro de Janeiro, entre outros) vamos descobrir que na escuridão a peneira não faz falta.
Para além disso parece-me ligeiramente tarde para, estando no meio da ponte sem saber para que lado ir, descobrir que afinal nem sequer existe ponte.
Eu sei que para trabalhar muito e ganhar pouco estou na profissão certa. Também sei que se quisesse trabalhar pouco e ganhar muito deveria seguir a via profissionalizante socialista e enveredar por uma carreira política.
Creio, no entanto, que quem nasce direito tarde ou nunca se entorta. E se assim é, o melhor é continuar a obedecer ao sagrado acordo com o que penso ser a verdade, desobedecendo a todos quantos acreditam que a sua sombra cresce em função da sua inteligência.
Vem isto a (des)propósito das teses vigentes um pouco por todo o lado, desde logo nas ocidentais praias socialistas a norte (embora cada vez mais a sul) de Marrocos, que apontam para a necessidade de os jornalistas serem formatados consoante os interesses (económicos, políticos e similares) dos donos do Poder.
Se calhar, como me dizem ex-jornalistas que hoje são assessores, directores, administradores etc., o melhor era aceitar a derrota e na impossibilidade de os vencer, juntar-me a eles.
Seria com certeza uma boa opção. O mal está, digo eu, que só é derrotado quem deixa de lutar. E, pelo menos para já, tenho mesmo de afirmar que a luta continua.
Eu sei que para trabalhar muito e ganhar pouco estou na profissão certa. Também sei que se quisesse trabalhar pouco e ganhar muito deveria seguir a via profissionalizante socialista e enveredar por uma carreira política.
Creio, no entanto, que quem nasce direito tarde ou nunca se entorta. E se assim é, o melhor é continuar a obedecer ao sagrado acordo com o que penso ser a verdade, desobedecendo a todos quantos acreditam que a sua sombra cresce em função da sua inteligência.
Vem isto a (des)propósito das teses vigentes um pouco por todo o lado, desde logo nas ocidentais praias socialistas a norte (embora cada vez mais a sul) de Marrocos, que apontam para a necessidade de os jornalistas serem formatados consoante os interesses (económicos, políticos e similares) dos donos do Poder.
Se calhar, como me dizem ex-jornalistas que hoje são assessores, directores, administradores etc., o melhor era aceitar a derrota e na impossibilidade de os vencer, juntar-me a eles.
Seria com certeza uma boa opção. O mal está, digo eu, que só é derrotado quem deixa de lutar. E, pelo menos para já, tenho mesmo de afirmar que a luta continua.
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