O director-geral da TVI, José Eduardo… Moniz, está de malas aviadas para Luanda, Angola, onde vai inaugurar a TV Zimbo, primeira televisão privada do país, detida pelo grupo Medianova.
Angola entra assim numa nova era multimilionária que, a exemplo do que se passa com a portuguesa TVI, tem sucesso garantido. A receita, como muito bem sabem os Josés Eduardos (dos Santos e Moniz), é infalível.
Sucesso, é bom de ver, do ponto de vista comercial, empresarial, das audiências, dos lucros, e não da informação. Não é que o José Eduardo (o Moniz) não saiba como fazer boa informação. Mas como não é isso que se lhe pede, não será isso que os angolanos terão.
Creio, aliás, que o nome escolhido (Zimbo, que se calhar deveria ser Nzimbo) reflecte em toda a extensão a grande aposta. Não por ser uma concha univalve, mas por ter sido uma espécie de moeda ancestral do Reino do Congo.
O Reino do Congo que, longe de imaginar que iria dar lugar ao Reino do José Eduardo (dos Santos), era o mais evoluído de todos os que, assuma-se ou não, constituem Angola, seja esta entendida como país ou nação.
Reino, não o de José Eduardo (dos Santos), que tinha nos comandos provinciais os melhores dos melhores, os Sumu, e no topo da hierarquia o Ntotila, o rei.
Ao contrário do que agora acontece, eram reinos organizados, cultos e sólidos, que utilizavam não os Kwanzas ou os dólares como moeda, mas sim o Libongo e o Nzimbo.
Se em tempos o Nzimbo, uma espécie de caramujo, só podia ser pescado nas águas da ilha de Luanda e era um monopólio real, hoje os monopólios continuam ser reais e pescam-se, entre outros sítios, nas águas da Cabinda.
Mas o que importa é dar ao povo o que o povo gosta. E disso percebe tanto o Moniz como o dos Santos. O primeiro vai fazer o povo esquecer que tem a barriga vazia, o segundo vai mantê-lo com a barriga vazia.
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