Nicolas Sarkozy, chefe de Estado francês e Presidente do Conselho da União Europeia (UE), defendeu hoje a reforma das Nações Unidas e o ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Precisamos do Presidente Lula na governanção mundial e precisamos do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, disse Sarkozy durante o II Encontro Empresarial que decorre à margem da II Cimeira Brasil-União Europeia, destacando que falava como Presidente da França e não do Conselho da UE.
“Precisamos do Presidente Lula na governanção mundial e precisamos do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, disse Sarkozy durante o II Encontro Empresarial que decorre à margem da II Cimeira Brasil-União Europeia, destacando que falava como Presidente da França e não do Conselho da UE.
Apesar de haver uma concordância dos países membros da UE sobre a necessidade de reforma da ONU, há profundas divergências dentro do bloco europeu sobre como esta mudança deve ser feita.
Sarkozy ressaltou que toda a Europa acredita no futuro do Brasil (será que Portugal também?), mas que a França vai demonstrar claramente a sua confiança no país nesta terça-feira, quando forem assinados os acordos bilaterais que envolvem recursos avultados.
Uma das principais áreas de cooperação (os elogios têm custos) é a da defesa, com a aquisição pelo Brasil de quatro submarinos convencionais da França - os Scorpènes, o desenvolvimento de um submarino nuclear, a construção de um estaleiro e de uma base no Rio de Janeiro, além da compra de 50 helicópteros de transporte EC-725.
O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, revelou hoje à imprensa que o pacote a assinar para a compra dos helicópteros é de 1,9 mil milhões de euros, mas recusou-se a avançar valores sobre o contrato na área naval, que prevê a transferência de tecnologia tanto dos submarinos convencionais como do nuclear. Fontes militares disseram à Lusa, entretanto, que o pacote naval deve rondar os 6,5 mil milhões de euros.
A parceria estratégica entre Brasil e França na área de defesa pode envolver ainda a aquisição de caças supersónicos, que não estará incluída no acordo a ser assinado entre os Presidentes Lula da Silva e Sarkozy na terça-feira.
“Isto poderá ser incluído mais tarde. A Força Aérea deverá encerrar as suas análises técnicas sobre os caças em Julho do ano que vem”, admitiu Jobim.
Os dois países devem assinar também três acordos que prevêem parcerias para a gestão e a exploração de forma sustentável da Amazónia, a criação de uma rede de estudos sobre a biodiversidade e a cooperação na luta contra o garimpo ilegal na região da Guiana Francesa.
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