Um relatório do Senado dos EUA sobre os métodos de interrogatório em Guantánamo (Cuba) e em Abu Ghraib (Iraque) arrasa Donald Rumsfeld, ex-secretário da Defesa da Administração de George W. Bush.
O documento, segundo uma reportagem publicada no jornal "The New York Times", é assinado pelo senador do Arizona, John McCain, e que foi candidato derrotado nas eleições presidenciais deste ano, e pelo senador de Michigan, Carl Levin, líder democrata na Comissão de Defesa do Senado.
O relatório contesta a metodologia seguida nos interrogatórios e desmonta a tese, apresentada por Donald Rumsfeld, de que os responsáveis pela Secretaria de Defesa desconheciam a situação dos prisioneiros, tanto em Guantánamo como em Abu Ghraib.
O ex-secretário de Defesa é assim acusado de apoiar as torturas nas prisões militares norte-americanas. O jornal afirma que, conforme o relatório, os abusos em Abu Ghraib "não foram apenas resultado de actos isolados levados a cabo por alguns soldados agindo por conta própria", mas resultam de instruções e ordens aprovadas por Rumsfeld e outros dois oficiais, que "corroboraram a mensagem de que pressões físicas e degradação moral e psicológica eram um tratamento apropriado para os detidos".
O "The New York Times" ressalta que Donald Rumsfeld aprovou o uso de técnicas violentas contra presos em Dezembro de 2002, embora tenha voltado atrás um mês depois. Ainda assim, para os senadores que subscrevem o relatório, foi tempo mais do que suficiente para que as técnicas como o uso de nudez forçada e de posições desconfortáveis se espalhassem pelo sistema prisional militar.
O relatório do republicano John McCain e do democrata Carl Levin foi feito com base num inquérito que durou 18 meses e durante o qual foram entrevistadas mais de 70 pessoas directamente envolvidas nos factos.
O porta-voz de Rumsfeld, Keith Urbahn, afirmou que uma dúzia de investigações anteriores não foram capazes de apontar qualquer ligação entre o então secretário da Defesa e os abusos e que, por isso, considera que o relatório dos senadores foi baseado em "argumentos infundados contra aqueles que serviram a nação". "Devido às acusações irresponsáveis de alguns indivíduos em cargos de responsabilidade no Congresso, milhões de pessoas em todo o Mundo são levadas a acreditar que os EUA apoiam tortura," disse Keith Urbahan.
Os casos de tortura praticados por militares norte-americanos na prisão de Abu Ghraib foram divulgadas pela primeira vez em 2003, ano em que teriam ocorrido. Em 2006, a televisão australiana SBS divulgou outras imagens de presos a serem torturados.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1058434
O relatório contesta a metodologia seguida nos interrogatórios e desmonta a tese, apresentada por Donald Rumsfeld, de que os responsáveis pela Secretaria de Defesa desconheciam a situação dos prisioneiros, tanto em Guantánamo como em Abu Ghraib.
O ex-secretário de Defesa é assim acusado de apoiar as torturas nas prisões militares norte-americanas. O jornal afirma que, conforme o relatório, os abusos em Abu Ghraib "não foram apenas resultado de actos isolados levados a cabo por alguns soldados agindo por conta própria", mas resultam de instruções e ordens aprovadas por Rumsfeld e outros dois oficiais, que "corroboraram a mensagem de que pressões físicas e degradação moral e psicológica eram um tratamento apropriado para os detidos".
O "The New York Times" ressalta que Donald Rumsfeld aprovou o uso de técnicas violentas contra presos em Dezembro de 2002, embora tenha voltado atrás um mês depois. Ainda assim, para os senadores que subscrevem o relatório, foi tempo mais do que suficiente para que as técnicas como o uso de nudez forçada e de posições desconfortáveis se espalhassem pelo sistema prisional militar.
O relatório do republicano John McCain e do democrata Carl Levin foi feito com base num inquérito que durou 18 meses e durante o qual foram entrevistadas mais de 70 pessoas directamente envolvidas nos factos.
O porta-voz de Rumsfeld, Keith Urbahn, afirmou que uma dúzia de investigações anteriores não foram capazes de apontar qualquer ligação entre o então secretário da Defesa e os abusos e que, por isso, considera que o relatório dos senadores foi baseado em "argumentos infundados contra aqueles que serviram a nação". "Devido às acusações irresponsáveis de alguns indivíduos em cargos de responsabilidade no Congresso, milhões de pessoas em todo o Mundo são levadas a acreditar que os EUA apoiam tortura," disse Keith Urbahan.
Os casos de tortura praticados por militares norte-americanos na prisão de Abu Ghraib foram divulgadas pela primeira vez em 2003, ano em que teriam ocorrido. Em 2006, a televisão australiana SBS divulgou outras imagens de presos a serem torturados.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1058434
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