Quando, como hoje aconteceu, o primeiro-ministro português, José Sócrates, afirma manter uma "relação institucional absolutamente impecável" com o Presidente da República, e nega que o Estatuto dos Açores tenha motivado um "braço-de-ferro" entre o PS e o Chefe de Estado, quer dizer que PS e PSD são farinha do mesmo saco.
"Tenho tido com o Presidente da República uma relação institucional absolutamente impecável. Isso é o que os portugueses esperam do Governo e do Presidente da República", disse José Sócrates.
Se calhar, e como é habitual, está a mentir com quantos dentes tem. Mas como Cavaco Silva não desmente ou, pelo menos, explica o seu conceito de “impecável”, é legítimo crer que a diferença é, mais de facto do que de jure, nula.
O primeiro-ministro falava aos jornalistas à margem da cerimónia de lançamento de mais uma primeira pedra, desta vez do Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, terra natal do poeta e escritor.
"O Presidente da República entendeu vetar [a revisão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores] e o PS, respeitosamente, analisou as razões do Presidente e decidiu manter. Não vai nisso nenhum desafio a ninguém, nem nenhum braço de ferro com ninguém, apenas o exercício da Democracia, que não significa obedecer, apenas expressar um ponto de vista que, neste caso, não é coincidente com o do Presidente da República", afirmou.
Isso é que ra bom! Sócrates a dizer que o exercício da Democracia não significa obedecer, é mesmo para rir. Mais para chorar, é verdade.
O dono da verdade, o primeiro-ministro que, segundo António Barreto, “é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”, a falar de Democracia.
Nem a bem da Nação o António diria melhor...
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