segunda-feira, dezembro 08, 2008

Perdido por dez, perdido por cem
ou a versão lusitana de Adão e Eva

Segundo a minha amiga Maristela Ganho, hoje como ontem, é fácil demonstrar que Adão e Eva não só foram como continuam a ser... portugueses.

Hoje, mais ou menos como ontem, não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa, só têm uma maçã para comer, não protestam e ainda pensam que estão no Paraíso.

E, infelizmente para os habitantes das ocidentais praias a norte (mas cada vez mais a sul) de Marrocos, mas felizmente para o soba grande desse reino, José Sócrates, ainda há muito boa gente (a fazer fé nas sondagens) que se julga no paraíso apesar de, todos os dias, ter de dobrar as esquinas sem protestar.

No entanto, começo a achar que – mesmo estando na época natalícia – há cada vez menos portugueses dispostos a nada comer e a estar calados, embora continuem (para o meu gosto) demasiado (con)formados e a jogar no euromilhões para ver a fortuna transforma o inferno no tal paraíso.

É claro que, um dias destes, os pacatos Adão e Eva desta história portuguesa vão dizer “basta” e virar a mesa. Se calhar vamos ter qualquer coisa do tipo olho por olho, dente por dente.

E, se assim for, poderemos acabar todos cegos e desdentados. Mas, para quem não tem roupa, não tem casa e às vezes, só às vezes, tem uma maçã para comer, pouco importa se está cego e desdentado.

1 comentário:

Anónimo disse...

adao e eva com certeza nao e portugues mas sim angola.