domingo, dezembro 07, 2008

E o “Anibalzinho” volta a gozar com a malta

Aníbal dos Santos Júnior, “Anibalzinho”, o líder do grupo que assassinou o jornalista moçambicano Carlos Cardoso (foto), em Novembro de 2000, fugiu hoje de manhã, pela terceira vez, da prisão, em Maputo. Não está mal. Se ao menos levasse um tiro de modo a não fugir mais...

Além de “Anibalzinho” evadiram-se também das celas do Comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo, mais dois reclusos, disse aos jornalistas o director da Polícia de Investigação Criminal (PIC) de Moçambique, Dias Balate.

Tratam-se de “Todinho”, indiciado na morte do director da Cadeia Central de Maputo, vulgo “BO”, e “Samito”, acusado de prática de uma dezena de homicídios, entre os quais o assassínio de quatro agentes da polícia e de um cidadão de origem paquistanesa. Ambos estavam detidos naquele presídio há aproximadamente um ano.

A PRM está a investigar os seis agentes, incluindo o chefe do turno, que estavam de serviço, por suspeitar que estes tenham auxiliado os reclusos a concretizar a fuga. Suspeitas infundadas, é claro. Até porque aquilo é tudo boa gente.

“Anibalzinho”, condenado a cerca de 30 anos de prisão pela sua participação no assassinato do jornalista Carlos Cardoso, tem no seu currículo outras duas fugas da cadeia de alta segurança da Machava, a principal de Moçambique.

Entre os anos 2002 e 2004, o prisioneiro mais famoso do país conseguiu fugir daquela penitenciária, tendo chegado à África do Sul e ao Canadá, países de onde foi repatriado para Moçambique.

Desde a sua detenção há quase três anos nas celas do comando da PRM em Maputo, “Anibalzinho” já viu frustradas três tentativas de fuga.

No princípio deste ano, “Anibalzinho” tentou evadir-se da cela, serrando as grades numa altura em que chovia torrencialmente na cidade de Maputo, mas a sua acção foi descoberta pela polícia.

Em finais de Novembro de 2005, ainda antes do segundo julgamento, "Anibalzinho" protagonizou também uma tentativa de fuga, que não resultou, mas que permitiu a evasão de outros detidos, mais tarde recapturados.

“Anibalzinho”, condenado em Janeiro último a 29 anos, 11 meses e cinco dias de prisão por ter chefiado a quadrilha que assassinou Carlos Cardoso, deverá ser expulso para Portugal após cumprir a pena, por ter nacionalidade portuguesa.

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