O Botswana propôs hoje o corte do abastecimento de combustíveis ao Zimbabué para obrigar o Presidente Robert Mugabe a abandonar o poder. Era, digo eu, mais simples enfiar-lhe um balázio na mona.
A proposta (não a minha) foi apresentada pelo chefe da diplomacia do Botswana, Phandu Skelemani, durante uma entrevista à emissora pública britânica BBC.
"Se nada funciona, se os zimbabueanos fogem e morrem, então penso que o mundo, com a SADC, deverá ser capaz de dizer aos zimbabueanos: isto foi longe demais, a partir de agora estão por vossa conta, e começar a recusar enviar os recursos que mantêm Mugabe no poder", disse Phandu Skelemani.
A crítica do Botswana junta-se às que foram feitas nos últimos dias por Washington, Londres e Bruxelas, que aumentaram (se é que aumentaram) a pressão sobre Robert Mugabe para este abandonar voluntariamente o poder, no momento em que o Zimbabué se debate com um epidemia de cólera, que terá já provocado 560 mortos e ameaça alastrar aos países vizinhos.
Entretanto, em Harare, para fazer face à inflação galopante, o governo anunciou hoje que iria colocar em circulação uma nota de 200 milhões de dólares zimbabueanos. É assim mesmo camarada Eduardo dos Santos, perdão, camarada Mugabe.
O anúncio ocorre apenas dois dias depois de papel-moeda no valor de 100 milhões de dólares zimbabueanos ter entrado em circulação.
Quinta-feira, o Banco Nacional do Zimbabué introduziu notas de 100, 50 e 10 milhões de dólares zimbabueanos. A nota de 100 milhões corresponde a cerca de 11 euros, mas este valor diminui minuto a minuto.
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