O Departamento das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNODC) e a União Europeia, como não têm mais nada para fazer, lançaram hoje uma campanha mundial para aumentar a consciencialização sobre a corrupção.
A campanha inscreve-se no Dia Internacional Contra a Corrupção, que amanha assinala a entrada em vigor em 2005 da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que obriga (que quê?) os países a tratar a corrupção como crime e a cooperar entre si para devolver activos obtidos por esse meio.
O UNODC lançou uma campanha mundial "para alertar as pessoas conscientes de que podem fazer algo, que o seu ''não'' conta, que devem dizer ''não'' a qualquer tentativa de suborno, ''não'' a políticos que buscam a reeleição apesar de terem uma reputação de ser corruptos", anunciou o director deste escritório das Nações Unidas, António Maria Costa.
Eu até gosto da palavra “não”. No entanto, dizer “não” a algo que não existe, parece-me uma peregrina forma de pregar no deserto. Alguém acredita que a corrupção existe?
Amanhã será emitido a nível mundial um vídeo de um minuto com a mensagem de que "a corrupção corrói a sociedade, compromete a democracia e debilita as instituições". Francamente.
Em África, diz a ONU, a quantidade de dinheiro associada à corrupção chega a 25 % do Produto Interno Bruto.
Alguém acredita? Sim, alguém acredita nisso? Corrupção em África? Deixem-se dessas coisas. Vejam os bons exemplos de Angola, Zimbabué, Somália ou República Democrática do Congo.
O director da UNODC, certamente para justificar o injustificável, destaca que "a corrupção e a lavagem de dinheiro agravam a actual crise financeira" e actuam como "um lubrificante para outros actos ilegais e perigosos".
Vê-se bem que não vivem neste planeta.
Um estudo europeu, divulgado em Outubro, assinalou que 71% dos cidadãos estão convencidos de que é frequente a fraude, e 63% pensam que as acções corruptas são correntes nos diferentes governos e instituições nacionais.
Mas pensam mal. Para quê lutar contra algo que não existe?
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