Partindo de duas premissas erradas, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) questiona a transparência dos investimentos chineses em Angola, e lamenta que a Assembleia Nacional desconheça os motivos da visita do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, àquele país.
Ora transparência é coisa que não existe nos negócios dos chineses, sobretudo quando feitos com ditaduras como a do MPLA. Além disso, essa peregrina ideia de que a Assembleia Nacional deveria conhecer os motivos da visita só funciona nos regimes democráticos. Coisa que, obviamente, Angola não é.
O porta-voz do maior partido da oposição angolana, Adalberto da Costa Júnior, afirmou que o Estado angolano deve assumir a normalidade no seu funcionamento institucional e não ficar refém das decisões de apenas um órgão de soberania (Presidente da República). Deveria ser assim se, repito, Angola fosse um Estado de Direito, fosse uma democracia.
“A Assembleia Nacional não sabe nada acerca desta visita e isto não é normal. Temos de encontrar outras formas de funcionar, ultrapassando o medo”, salientou Adalberto da Costa Júnior. Pois é. Mas se não fosse o medo, alguma vez o MPLA tinha vencido as eleições de Setembro?
“Oficialmente, não temos conhecimento das razões estratégicas que estão na base desta visita, embora seja importante que os países se inter-relacionem, mas o povo tem que saber com que linhas se cose o seu futuro e neste momento está no escuro”, frisou o porta-voz da UNITA.
O povo? Mas o MPLA quer saber do povo para alguma coisa? Apenas quis saber dele quando foi obrigado a fazer com que ele, cheio de medo, colocasse os boletins de voto nas urnas. A partir daí, o povo deixou de existir.
O povo? Mas o MPLA quer saber do povo para alguma coisa? Apenas quis saber dele quando foi obrigado a fazer com que ele, cheio de medo, colocasse os boletins de voto nas urnas. A partir daí, o povo deixou de existir.
Para o maior partido da oposição, a China tem sido acolhida como o país que está empenhado na construção de Angola, mas a presença “elevadíssima” de cidadãos chineses no país requer um debate, uma vez que se perspectiva o seu aumento em centenas de milhares de pessoas.
Já é tarde, meu caro Adalberto. Agarrado aos oitenta e tal por cento dos votos, o MPLA limita-se a dizer: quero, posso e mando. E assim sendo, perante a passividade e cobardia da comunidade internacional, vai continuar (tal como faz há 33 anos) a ditar as regras do jogo.
Já é tarde, meu caro Adalberto. Agarrado aos oitenta e tal por cento dos votos, o MPLA limita-se a dizer: quero, posso e mando. E assim sendo, perante a passividade e cobardia da comunidade internacional, vai continuar (tal como faz há 33 anos) a ditar as regras do jogo.
O Presidente angolano iniciou segunda-feira uma visita oficial de quatro dias à China, tendo em vista o reforço da cooperação bilateral com o gigante asiático e principal parceiro económico de Angola.
Sem comentários:
Enviar um comentário