Enquanto o Botswana propõe o corte de abastecimento de combustível ao Zimbabué para obrigar o presidente Robert Mugabe a abandonar o poder, o Reino Unido apela ao Mundo para se unir no mesmo sentido.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, afirmou ontem que a crise no Zimbábue virou uma emergência internacional, razão pela qual pediu ao Mundo que se una para dizer "basta" a Robert Mugabe.
Brown argumenta que a crise iniciada em 2000 e que desde então se agrava todos os dias mostra que o Zimbabué "não há um Estado capaz ou disposto a proteger a sua gente".
Brown destacou ainda que na altura em que se comemora o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a comunidade internacional deveria unir-se "para defender os direitos humanos e a democracia, e para dizer firmemente a Mugabe que já chega".
Da mesma opinião são a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e o arcebismo anglicano e Nobel da Paz, Desmond Tutu. A todas estas vozes juntou-se ontem a do ministro dos Negócios Estrangeirod do Botswana, Phandu Skelemani.
"Se nada funciona, se os zimbabueanos fogem e morrem, então penso que o Mundo deverá ser capaz de dizer que isto foi longe demais, deixando de enviar os recursos que mantêm Mugabe no poder", disse Phandu Skelemani.
Entretanto, em Harare, para fazer face à inflação galopante (231 milhões por cento anuais), o governo anunciou a entrada em circulação de notas de 200 milhões de dólares zimbabueanos, cerca de 22 euros.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1055207
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