Alguns líderes religiosos de Angola precisam de ir mais vezes à missa e confessar-se mais vezes pelos pecados que estão a cometer.Quando dizem que não existe o risco de a hegemonia do MPLA poder “matar a democracia” porque há “instâncias formais e institucionalizadas” para que o debate político continue, não só estão a pecar perante a verdade de Deus como estão a gozar com a chipala do comum dos mortais.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder em Angola, ganhou com maioria absoluta as eleições legislativas angolanas realizadas em Setembro, somando mais quatro anos aos 33 que já leva no poder.
De que valeram, de que valerão, as tais “instâncias formais e institucionalizadas”?
Comentando à Agência Lusa o impacto da hegemonia do MPLA no Parlamento angolano, durante encontro da Conferência das Igrejas da África que ocorre em Maputo, o líder da Igreja Evangélica Congregacional de Angola, Augusto Chipesse, afastou o perigo de “morte da democracia” no país e disse acreditar que o multipartidarismo irá prevalecer.
Bom. Augusto Chipesse ou não sabe o que diz ou não diz o que sabe. Em qualquer dos casos é uma atitude perigosa.
“O facto de um dos partidos ter conseguido mais de 80% não vai matar a democracia, a democracia multipartidária vai continuar. O que aconteceu é uma depuração, em que os partidos mais fracos em todos os aspectos perderam”, disse Chipesse.
Pois perderam. Mas, é claro, não há perigo para a democracia. O que acontece, ao contrário do que parece pensar Augusto Chipesse, é que fazer eleições não significa democracia. Democracia é viver para servir, é dar de comer a quem tem fome. E, em Angola, a fome atinge perto de 70% da população.
Pois perderam. Mas, é claro, não há perigo para a democracia. O que acontece, ao contrário do que parece pensar Augusto Chipesse, é que fazer eleições não significa democracia. Democracia é viver para servir, é dar de comer a quem tem fome. E, em Angola, a fome atinge perto de 70% da população.
Para o líder religioso, “não há interesse em acabar com os partidos políticos em Angola, porque sem democracia não haverá paz”.
Aqui Augusto Chipesse esteve mais perto da verdade ao dizer que à espécie de democracia angolana dá muito jeito ter alguns partidos decorativos. Nada mais do que isso.
2 comentários:
QUANDO LI A NOTICIA ATE PENSEI QUE ESTAVA A DESCREVER TIMOR LESTE.
Gil Gonçalves
A igreja está a fazer-se à visita do Papa. Agora não sei... os diamantes e o petróleo já não estão a dar. Pelo contrário estão a tirar. Bom, da igreja nunca se espara nada. Gostam da ignorância dos povos, porque com isso prolongam-se. Qunato masi burros melhor. Também a igreja nunca poderá falar de democracia porque o seu presidente goza de infalibilidade.Logo é uma bruta ditadura, temporal e intemporal. Eles apoiaram a falsidade das eleições. Estão a lavar as mãos como sempre fazem nos apenas comunicados das situações papais. É um papa dos pergaminhos. Bom, são o cumulo da hipocrisia... encostam-se sempre para o lado que lhes convém. Fora isso... são a única instituição mundial que mais invenções e burlas nos tem apresentado. São os inventores das fraudes e de tudo o que é maldade. São os fundadores do barbarismo a que ainda por cima clamam de civilização.
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