O Dia Mundial da Sida assinala-se hoje pela vigésima vez em todo o mundo. Permitam-me, contudo, que de todo esse mundo, destaque África. Quem é negro por dentro e branco por fora tem destas coisas.
A directora do Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, Dulcelina Serrano, revelou, em Luanda, que o país registou, até Setembro último, 47.000 pessoas infectadas pelo vírus VIH/SIDA e destas, mais de 60 por cento são jovens dos 15 aos 45 anos e maioritariamente mulheres.
Entretanto, conhecido pelas suas posições pouco ortodoxas relativamente ao HIV/Sida, o ex-presidente da ÁfricA do Sul, Thabo Mbeki, passou os 9 anos dos seus dois mandatos como presidente a negar a ligação directa entre o HIV e a Sida, subscrevendo uma série de teses dos chamados “cientistas dissidentes” e resistindo à introdução no sistema público de saúde dos tratamentos com anti-retrovirais (ARV’s).
A sua ministra da Saúde, Manto Tshabalala-Msimang, subscreveu sempre as posições do ex-presidente, tendo classificado em várias ocasiões os ARV’s como “venenos” e defendido publicamente que os seropositivos deveriam ingerir doses diárias de batatas africana, alho, beterraba, azeite e outros produtos naturais, em vez de ARV’s para combater o vírus que os aflige.
Um estudo publicado em 20 de Outubro pela Escola de Saúde Pública de Harvard, e assinado pelo professor Pride Chigwedere, conclui que 330 mil seropositivos perderam a vida entre 2000 e 2005, em resultado da ausência de programas de tratamento com anti-retrovirais na África do Sul, decorrente da negação sistemática do presidente e da sua ministra da Saúde relativamente ao HIV/SIDA.
O estudo conclui também que naquele período 35 mil crianças nasceram infectadas pelo HIV porque o governo proibia o tratamento das mães com drogas destinadas especificamente a travar a infecção de mães para filhos, designadamente o Nevirapine, que é utilizado em praticamente todo o mundo.
François Venter, que lidera a Unidade de Saúde Reprodutiva e de Pesquisa do HIV na Universidade de Witwatersrand, Joanesburgo, afirma que o estudo aponta para “uma vergonhosa falta de liderança” do antigo presidente, ao mesmo tempo que se regozija com o facto do novo governo ter nomeado Barbara Hogan, uma respeitada especialista que considera ser “uma líder inspiradora”, para a pasta da Saúde.
Quando Mbeki foi afastado da Presidência e da chefia do governo, em Setembro último, o ex-presidente americano Jimmy Carter declarou “não nutrir qualquer simpatia para com ele (Mbeki)”.
Carter revelou então que o ex-chefe do Estado sul-africano recusou há uns anos, na sua presença e de Bill Gates, generosos fundos da Fundação Carter para adquirir ARV’s para pacientes sul-africanos com o argumento de que “a SIDA foi uma invenção do Ocidente para exterminar africanos” e que “os ARV’s são uma forma de gerar lucros à custa dos africanos e dos países em desenvolvimento em geral”.
Entretanto, conhecido pelas suas posições pouco ortodoxas relativamente ao HIV/Sida, o ex-presidente da ÁfricA do Sul, Thabo Mbeki, passou os 9 anos dos seus dois mandatos como presidente a negar a ligação directa entre o HIV e a Sida, subscrevendo uma série de teses dos chamados “cientistas dissidentes” e resistindo à introdução no sistema público de saúde dos tratamentos com anti-retrovirais (ARV’s).
A sua ministra da Saúde, Manto Tshabalala-Msimang, subscreveu sempre as posições do ex-presidente, tendo classificado em várias ocasiões os ARV’s como “venenos” e defendido publicamente que os seropositivos deveriam ingerir doses diárias de batatas africana, alho, beterraba, azeite e outros produtos naturais, em vez de ARV’s para combater o vírus que os aflige.
Um estudo publicado em 20 de Outubro pela Escola de Saúde Pública de Harvard, e assinado pelo professor Pride Chigwedere, conclui que 330 mil seropositivos perderam a vida entre 2000 e 2005, em resultado da ausência de programas de tratamento com anti-retrovirais na África do Sul, decorrente da negação sistemática do presidente e da sua ministra da Saúde relativamente ao HIV/SIDA.
O estudo conclui também que naquele período 35 mil crianças nasceram infectadas pelo HIV porque o governo proibia o tratamento das mães com drogas destinadas especificamente a travar a infecção de mães para filhos, designadamente o Nevirapine, que é utilizado em praticamente todo o mundo.
François Venter, que lidera a Unidade de Saúde Reprodutiva e de Pesquisa do HIV na Universidade de Witwatersrand, Joanesburgo, afirma que o estudo aponta para “uma vergonhosa falta de liderança” do antigo presidente, ao mesmo tempo que se regozija com o facto do novo governo ter nomeado Barbara Hogan, uma respeitada especialista que considera ser “uma líder inspiradora”, para a pasta da Saúde.
Quando Mbeki foi afastado da Presidência e da chefia do governo, em Setembro último, o ex-presidente americano Jimmy Carter declarou “não nutrir qualquer simpatia para com ele (Mbeki)”.
Carter revelou então que o ex-chefe do Estado sul-africano recusou há uns anos, na sua presença e de Bill Gates, generosos fundos da Fundação Carter para adquirir ARV’s para pacientes sul-africanos com o argumento de que “a SIDA foi uma invenção do Ocidente para exterminar africanos” e que “os ARV’s são uma forma de gerar lucros à custa dos africanos e dos países em desenvolvimento em geral”.
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