Luís Filipe Menezes acusou hoje a actual direcção do PSD (o ainda maior partido da Oposição em Portugal) de "mentir" e "enganar" os jornalistas por "dizer que o director do seu gabinete de estudos foi embora para conselheiro de Obama quando afinal não está é para a aturar".
O director do gabinete, Sampaio e Mello, demitiu-se do cargo, tendo a direcção do Partido afirmado, num primeiro momento, que a saída se devia a um convite de trabalho nos Estados Unidos, dado o envolvimento que aquele Professor catedrático teve na campanha do presidente Obama.
O director do gabinete, Sampaio e Mello, demitiu-se do cargo, tendo a direcção do Partido afirmado, num primeiro momento, que a saída se devia a um convite de trabalho nos Estados Unidos, dado o envolvimento que aquele Professor catedrático teve na campanha do presidente Obama.
Posteriormente, porém, Sampaio e Mello veio garantir que saiu por "dificuldades internas" no PSD, o que levou o partido a admitir que tinha havido divergências em torno do pagamento ou não de um vencimento ao Professor universitário.
A liderança do Partido "sabia que estava a mentir aos jornalistas mas não quis assumir o falhanço de uma personalidade dita salvadora da pátria se ir embora por estar descontente ou por se lhe ter prometido um vencimento", disse Menezes.
"O que se diria se isto acontecesse com o director do gabinete de estudos de Luís Filipe Menezes?" - acrescentou, em declarações à margem de um mega-jantar com mil professores do Concelho de Gaia.
O ex-líder social-democrata aludiu à sondagem Expresso/SIC/Renascença, feita pela Eurosondagem, que, segundo disse, dá 42,5 por cento ao PS, 30 por cento ao PSD, 8,8 por cento ao BE, 8,4 por cento à CDU e 6 por cento ao CDS, para considerar que se regista "mais uma queda do PSD e da credibilidade da sua liderança".
"O mais grave, quando se analisam as sondagens dos últimos tempos, é que o PSD tem a sua maior base de apoio nos eleitores com mais de 60 anos, a par da CDU, enquanto os partidos que captam os cidadãos entre os 18 e 30 anos são o PS e o BE. O partido arrisca-se a perder uma geração inteira", sublinhou.
Recordou que desde o 25 de Abril, o PS teve seis líderes, quatro dos quais atingiram o topo do Estado, como primeiros-ministros ou Presidentes da República, enquanto o PSD teve 15.
"No pós-cavaquismo, o PS teve três líderes, dois dos quais foram primeiros-ministros, enquanto o PSD teve seis, dos quais três nem chegaram a ir a votos: eu próprio, Marques Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa, que diz mal de toda a gente mas esteve três anos e meio na liderança e foi embora", afirmou.
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