O delegado da Comissão Europeia na Guiné-Bissau, Franco Nulli, afirmou hoje que a tentativa de assassínio do presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira, "é mais um episódio escuro na história" do país.
Afinal, Franco Nulli veio hoje dizer o que tem sido dito há vários dias por mim aqui no Alto Hama, pelo Eugénio Costa Almeida no Pululu e pelo Fernando Casimiro (Didinho) no Contributo. Mais vale tarde do que nunca, apesar dos paninhos quentes da Comissão Europeia.
Franco Nulli, que falava à Agência Lusa, disse que o ataque perpetrado alegadamente por um grupo de militares contra "Nino" Vieira no dia 23 de Novembro "é também um episódio negativo" para a imagem da Guiné-Bissau.
O diplomata europeu felicitou a forma "unânime e forte" com o acto foi condenado "tanto pela comunidade internacional, como pela comunidade nacional", mas disse esperar que as autoridades saibam punir os infractores.
Para Franco Nulli, o "único facto positivo" foi a forma como as autoridades responderam à situação, dando a esperança de que será ultrapassada "rapidamente".
A comunidade internacional "tem esperanças para pensar que estes são os restos de mentalidades que têm de desaparecer no país", defendeu o representante europeu, sublinhando, contudo, não dispor de elementos para afirmar se a situação já esta completamente resolvida.
Pois não está, nem estará tão rapidamente, resolvida. Enquanto a comunidade internacional não assumir que Nino Vieira não é uma solução para o problema, sendo antes um problema para a solução, a questão nunca estará resolvida.
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