quinta-feira, outubro 23, 2008

Angola capacita jornalistas guineenses
(a vilanagem solidifica os tentáculos)

O ministro da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Fernando Mendonça, destacou hoje a importância da ajuda e experiências de Angola para que as eleições legislativas no seu país venham a ser livres, justas e transparentes. Está garantida uma vitória dos amigos do MPLA com um mínimo de 80% dos votos.

Fernando Mendonça discursava na abertura de uma acção formativa sobre Cobertura Eleitoral, destinada aos jornalistas guineenses, em que são prelectores os quadros angolanos ligados ao Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), Albino Carlos, Ramiro Matos e Ismael Mateus.

Na presença do embaixador de Angola na Guine-Bissau, Brito Sozinho, o governante guineense reconheceu que a ajuda angolana vai contribuir positivamente para que os profissionais da comunicação social do seu país tenham uma atitude, comportamento e responsabilidade positiva no decurso do processo eleitoral para as legislativas de 16 de Novembro próximo.

Se for uma atitude tão responsável como a dos seus homólogos dos órgãos oficiais do MPLA (Angop, Jornal de Angola, TPA, RNA), já é possível adiantar quem é o vencedor e com que margem obterá a maioria absoluta.

Por sua vez, o director geral do CEFOJOR, Albino Carlos, realçou a importância que o Ministério da Comunicação Social de Angola dá à cooperação com a Guine-Bissau, e destacou o empenho e dedicação do embaixador Brito Sozinho na prossecução dos objectivos traçados, no âmbito das relações entre os dois países.

Albino Carlos salientou o importante papel dos jornalistas angolanos na pacificação dos espíritos, promoção dos bons valores, harmonia, sentido patriótico e de defesa da pátria. É verdade. Desde que não se atrevam a discordar do que diz o manual de boas maneiras do MPLA. Se o fizerem vão juntar-se aos que, entretanto, já foram para a rua.

No domínio da Comunicação Social Angola e a Guine-Bissau estão ligados por um Protocolo de Cooperação Técnica, com vigência de cinco anos, que contempla acções de formação e aperfeiçoamento profissional de técnicos e jornalistas, intercâmbio e circulação de informação, documentação e arquivo, promoção da investigação científica, entre outras.

1 comentário:

Anónimo disse...

Só uma questão se levanta. Quem serão os amigos do Menos Pão Luz e Água que irá beneficiar desta "liberdade".
O PAIGC pode ser parvo, como já por diversas vezes demonstrou sê-lo, mas não tem nada de estúpido e não quer partilhas com unanimismos.
Abraços
ELAN