sábado, outubro 25, 2008

"Há dinheiro do narcotráfico na campanha eleitoral". E, afinal, que mal é que isso tem?

O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), principal força política da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou hoje que "há dinheiro do narcotráfico na campanha eleitoral" para as legislativas de 16 de Novembro. E?

"Só não vê quem não quer. Há dinheiro do narcotráfico nesta campanha eleitoral", acusou Carlos Gomes Júnior, no seu discurso de abertura da campanha do PAIGC em Bissau. E?

"Nós não somos tolos, sabemos que há dinheiro da droga na campanha eleitoral. Se formos governo, vamos acabar com o banditismo e o crime organizado neste país, podem ter a certeza disso", prometeu o presidente do PAIGC. E?

Carlos Gomes Júnior afirmou que se for eleito primeiro-ministro no dia 16 de Novembro irá promover uma ampla reforma no país, dotando as forças de defesa e segurança de meios para combater "todos os crimes" na Guiné-Bissau. E?

Por outro lado, Carlos Gomes Júnior, que prometeu vencer as legislativas com 80 por cento dos votos (ao estilo do grande irmão angolano, o MPLA), anunciou que irá realizar reformas nas Forças Armadas para que estas passem a ser republicanas.

"Queremos dotar o país de umas Forças Armadas republicanas que se submetem ao poder político democraticamente eleito. Por isso peço o vosso voto para que possamos vencer com 80 por cento de votos", disse Gomes Júnior, sublinhando que se for eleito primeiro-ministro formará um governo de competências "mesmo que tenha de ir buscar gente aos outros partidos". E?

O líder do PAIGC afirmou ainda que o seu partido "jamais aceitará" o presidencialismo na Guiné-Bissau, tal como têm defendido sectores próximos do presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira.

Recorde-se que o antigo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Junior, chegou a dizer que “era impossível coabitar com “Nino” Vieira que não passava de um bandido e de um mercenário que traiu o povo".

E? E é a Guiné-Bissau ao seu melhor estilo, perante a indiferença da comunidade internacional, seja via ONU, União Europeia, CPLP ou qualquer outra coisa.

Sem comentários: