O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, pediu ao seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, que intervenha no conflito entre os rebeldes e as forças governamentais de Kinshasa no Leste do país, escreve hoje a Lusa. «Está tudo a postos para Angola pôr ordem nas crises regionais», escrevi eu ontem aqui no Alto Hama, retomando, aliás, abordagens anteriores no mesmo sentido.
O ministro da Cooperação Internacional da RDCongo, Raymond Tshibanda, foi recebido em Luanda por José Eduardo dos Santos, a quem pediu, em nome de Joseph Kabila, que use a sua "sabedoria" de forma a ajudar a encontrar uma solução para o conflito que opõe Kinshasa e o general rebelde Laurent Nkunda no Leste da RDCongo.
"O Presidente José Eduardo dos Santos é portador de uma sabedoria reconhecida no continente e no mundo. Escutou atentamente a exposição que fiz. Mostrou que está a par da situação que se vive na RDCongo e que se pode empenhar para resolver a situação", disse o enviado de Kabila a Luanda citado pelo Jornal de Angola.
O ministro congolês afirmou ainda que as acções dos "rebeldes armados" continuam a "provocar a morte de um elevado número de pessoas e o seu deslocamento para regiões mais seguras".
Raymond Tshibanda defendeu que os problemas que afectam a parte Leste, na província do Kivu Norte, da RDCongo "devem preocupar a comunidade internacional" e essa é uma das razões pelas quais Joseph Kabila pede a intervenção do Presidente angolano.
"Vim pedir apoio ao Presidente José Eduardo dos Santos - que considerou um estadista com experiência em pacificar conflitos - a fim de se pôr cobro à difícil situação, pois queremos preservar a soberania da RDCongo", disse ainda Tshibanda citado pela imprensa estatal angolana.
A Presidência da República de Angola não avançou que tipo de intervenção José Eduardo dos Santos pode protagonizar para pôr fim aos conflitos entre Kinshasa e os rebeldes de Nkunda.
Angola tem a sua mais extensa fronteira com a RDCongo, a Norte e a Leste, e existem informações não confirmadas por Luanda de que um grupo de militares angolanos integra a guarda pessoal do Presidente Kabila.
Como escrevi ontem, já oiço os caças e os tanques das Forças Armadas de Angola...
1 comentário:
Nunca mais!
Enviar um comentário