O eurodeputado do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, acusou hoje o primeiro-ministro português, José Sócrates, de ser "lambe-botas" do presidente venezuelano Hugo Chavez e de prosseguir uma "política externa de cócoras".
Não teria ficado mal, até porque corresponde à verdade, que tivesse também acrescentado – entre outros – o presidente de Angola e do MPLA, o tal que vai somar pelo menos mais quatro anos aos 33 que já leva de governo, José Eduardo dos Santos.
Durante o debate sobre "perseguições políticas na Venezuela" no Parlamento Europeu, Estrasburgo, Ribeiro e Castro lamentou ainda que "Portugal esteja a ser transformado na sala de visitas do tirano".
Tirano por tirano, eu gosto mais de ver em Portugal o dono de Angola, mas este tem outras salas de visita que lhe dão igualmente cobertura, mesmo no âmbito dessa coisa que dá pelo nome de Comunidade de Países de Língua Portuguesa. É o caso do Brasil.
De acordo com o seu gabinete em Estrasburgo, Ribeiro e Castro considerou fundamental que a Europa adopte uma resposta mais clara e eficaz e não mostre "indiferença, senão cumplicidade", diante de situações em que "listas de nomes de opositores ao regime de Hugo Chavez têm sido usadas para impedir candidaturas às eleições regionais" e municipais que se realizam no próximo dia 23 de Novembro.
Já agora, meu caro Ribeiro e Castro, não seria mau que de vez em quando fosse olhando para aquele território a norte de Angola que, como sabe, está ocupado pelos norte-americanos e pelos angolanos e que dá pelo nome de Cabinda.
De vez em quando olhar para Cabinda já não seria mau. Sem esquecer, obviamente, a Venezuela.
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