As preocupações com a economia dos EUA continuam a dar intenções de voto a Barack Obama. Esta segunda-feira, uma sondagem da ABC News/Washington Post dava ao candidato democrata uma vantagem de dez pontos percentuais.
A três semanas das eleições presidenciais, Barack Obama obteve 53% das intenções de voto, contra 43% para John McCain. Desde 1936 que não há registo de, a tão pouco tempo da votação, ser possível ao segundo recuperar tanto terreno.
A favor de Barack Obama joga, o que é visto como um factor decisivo, o facto de 9 em cada 10 eleitores estar preocupados com o rumo da economia, sendo que 7 em cada 10 se sentem alarmados pela situação financeira das suas famílias.
Aliás, de acordo com a sondagem, 55% dos entrevistados não tem dúvidas de que na hora de votar a situação económica estará na mente dos eleitores. Acresce que, quando interrogados sobre quem será o melhor timoneiro, 53% escolhem Obama e só 37% McCain.
Ainda a favor de Obama, mesmo que de forma indirecta, joga o facto de a aprovação sobre a Administração de George W. Bush cair para 23%, o nível mais baixo para um presidente norte-americano desde Richard Nixon, obrigado a renunciar ao cargo em 1974 devido ao escândalo Watergate.
Sabendo que a situação que entra nos bolsos dos cidadãos é decisiva, Obama anunciou um plano estratégico de recuperação, assumindo que "esta é a pior crise dos últimos 70 anos".
"Perdemos 760 mil empregos este ano e a taxa de desemprego pode atingir os 8%. As famílias, para além de assistirem a uma quebra continuada nos últimos sete anos do seu poder de compra, temem agora ficar sem nada", afirma Obama, propondo uma redução de impostos para criar novos postos de trabalho e uma moratória no processo de penhora das casas.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
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