quinta-feira, outubro 16, 2008

Empresas portuguesas atacam em força
promessa eleitoral de um milhão de casas

A OPCA-Angola pretende participar na construção de um milhão de casas no país, uma das prioridades (eleitorais, recorde-se para que não hajam enganos) do Governo de Angola, e atingir em 2009 um volume de negócios de 500 milhões de euros, disse hoje à Lusa fonte da empresa.

As construtoras portuguesas estão a apostar fortemente no mercado angolano e duas das principais empresas a actuar no país, a OPCA-Angola e a MonteAdriano, são disso exemplo com perspectivas de crescer significativamente no seu volume de negócios.

O terreno é fértil, dinheiro não falta, amizades também não. Aliás, muitas destas amizades foram construídas ao longo dos 33 anos que o MPLA já lava na governação do país. São, por isso, sólidas e à prova de qualquer tentativa democrática.

José Cruz, responsável pela área do imobiliário e da angariação de negócio da construtora OPCA-Angola, adiantou que a perspectiva da empresa para o volume de negócios em Angola é a de aumentar, "obviamente", porque "o mercado angolano está em expansão e com muitas infra-estruturas por construir". O objectivo da OPCA-Angola "é atingir os 500 milhões de euros em 2009".

Uma das mais importantes janelas de oportunidade para as construtoras é o projecto eleitoral do Governo de Angola de construir um milhão de casas nos próximos quatro anos, cujo valor estimado é na ordem dos 50 mil milhões de dólares norte-americanos (37,4 mil milhões de euros ao câmbio actual). José Cruz garante que a empresa está na primeira linha dos interessados em entrar neste projecto do Governo.

Está a empresa, como está o governo de Lisboa e, é claro, todos aqueles que ramificam junto do núcleo duro da economia angolana.

A OPCA-Angola, empresa de direito angolano com capital português, é uma das 10 maiores construtoras a operar em Angola e este mercado foi a principal aposta da empresa portuguesa quando em 1992 decidiu enveredar pela internacionalização.

José Cruz não tem dúvidas de que o mercado angolano vai oferecer múltiplas oportunidades no futuro, porque "é um mercado carente onde a procura é muita".

Também Jorge Vieira, delegado em Angola da MonteAdriano, tem uma perspectiva de crescimento acelerado para a empresa em Angola. Uma das razões para essa aposta em Angola é a crise nos mercados internacionais "e, particularmente, em Portugal. A crise em Portugal é um forte impulso para apostar em Angola", afirmou Jorge Vieira.

Assim estamos com certeza mais próximos da realidade objectiva. Ou seja, o futuro das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos passa por Angola, embora não tanto pelos angolanos. É uma diferença importante mas que, no contexto macro-económico, se revela de pouco impacto.

"E, perante essa aposta, o nosso objectivo é atingir no espaço de cinco anos um volume de negócios na ordem dos 250 milhões de euros, sendo que para 2009 o objectivo é já de chegar aos 150 milhões", disse Jorge Vieira.

A MonteAdriano começou em Angola pelas estradas, mas, nos últimos anos, diversificou a actividade, estando já no imobiliário, na recolha e tratamento de lixo e no ambiente, sendo o centro nevrálgico da sua actividade a província do Huambo, onde Jorge Vieira diz que é responsável por 90 por cento de todos os trabalhos realizados no âmbito da reconstrução da cidade que ficou totalmente destruída na guerra da década de 1990.

O mercado angolano, para este empresa, representa já cerca de 35 por cento da facturação total anual quando ainda em 2007 este volume não passava dos 12, 13 por cento.

5 comentários:

Anónimo disse...

Que manobras do diabo!
Mas um milhão de casas para quem?
Para os Angolanos?
O MPLA já não fala, parece um latido!
Há 30 anos que promete!
Há 30 anos que não cumpre!
O essencial não se nota sequer....
Pelo menos as empresas parece que «trabalham»
NECESSIDADE A QUANTO OBRIGAS!
Vou lendo e rindo das esperanças!
A ver vamos!
L.

Anónimo disse...

Gil Gonçalves
http://patriciaguinevere.blogspot.com/

só se forem casas de chapa...
com a recessão económica mundial, os créditos acabaram-se. o preço do petróleo já era. O próximo orçamento vai levar um rombo daqueles. Devem parar com essa aventura. Invistam na agricultura e pecuária enquianto é tempo. Mas, por mais que tentem, desconseguem. É muito paleio. Aluguem, ou vendam Angola aos americanos. Também não é necessário, vão-se entregar de bandeja.

Anónimo disse...

Gil Gonçalves
Ah!.. esquecia-me. É impossivel esta aventura, porque nos próximos tempos o 8164, vai estar muito ocupado a perseguir jornalistas e a prender tudo e todos que emitam qualquer opinião, favoravel ou não.

Anónimo disse...

Ó Orlando: Não "hajam"?!!!


Há, haja, houve, haverá... ( sempre na 3ª pessoa do singular...)

Vê lá esse verbo haver...

Alberto Rosa

Orlando Castro disse...

Ao Alberto Rosa:

Obrigado pelo alerta.

Fui "levado" pela conjugação acelerada do presente do Conjuntivo:
haja
hajas
haja
hajamos
hajais
hajam